Dia: 10 de Julho, 2017

Informação Financeira Semanal – Taxas de Juro, Inflação, LUIBOR, BTs e OTs (10/07/2017)

1 – Taxas de Juro

Taxa Básica do BNA – 16%

Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez: 20%

Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez – Overnight: 0%

Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez – 7 Dias: 3.25%

BT – 91 dias: 16,15%

BT – 182 dias: 20,25%

BT – 364 dias: 23,90%

OT-TX – 2 anos: 7,00%

OT-TX – 3 anos: 7,25%

OT-TX – 4 anos: 7,50%

OT-TX – 5 anos: 7,75%

2 – Taxas de Inflação

Inflação Acumulada – 11,36%

Inflação Últimos 12 Meses – 34,08%

3 – LUIBOR

Overnight – 22,40%

1 Mês – 18,62%

3 Meses – 20,19%

6 Meses – 21,61%

9 Meses – 22,98%

12 Meses – 24,50%

BNA – Venda de Divisas (03.07 a 07.07.2017)

No período em análise, o BNA realizou vendas de divisas ao mercado no montante de EUR 236,4 milhões (equivalente a USD 264,1 milhões) para as seguintes operações:

1. EUR 53,7 milhões para cobertura de operações do Sector Petrolífero;

2. EUR 42,5 milhões para cobertura de operações com Cartas de Crédito asseguradas pelo BNA para o Sector da Indústria e Bens Alimentares.

3. EUR 37,8 milhões para cobertura de operações do Sector das Telecomunicações;

4. EUR 27,2 milhões para cobertura de operações do Sector das Companhias Aéreas;

5. EUR 20,2 milhões para cobertura de operações para Diversos Sectores;

6. EUR 12,1 milhões para cobertura de operações do Sector de Energia e Águas;

7. EUR 10,0 milhões para cobertura de operações do Sector da Saúde;

8. EUR 8,9 milhões para cobertura de operações com Viagens, Ajuda Familiar, Saúde e Educação;

9. EUR 8,9 milhões para cobertura de operações de Cartões de Crédito.

10. EUR 11,6 milhões para cobertura de operações dos Ministérios e Organismos do Estado;

11. EUR 3,4 milhões para cobertura de operações de Bolseiros.

A taxa de câmbio média de referência de venda do Dólar Americano do mercado cambial primário, apurada ao final da semana foi de USD=Kz 166,743.
A taxa de câmbio média de referência de venda do EURO do mercado cambial primário, apurada ao final da semana foi de EUR=Kz 186,297.

10.07.2017 – Cotações do dia (BNA, Banca Comercial, Mercado Informal (Kinguilas) e Private Deals

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 165,92 (Compra 165,09 Venda 166,74) – Variação (+/-) 0%
EUR 185,40 (Compra 184,49 Venda 186,30) – Variação (+/-) 0%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 169,25 (Compra 166,74 Venda 171,75) – Variação (+/-) 0%
EUR 193,01 (Compra 190,15 Venda 195,86) – Variação (-) 0,10%
2.2 – Venda de Notas
USD 208,43 – Variação (+/-) 0%
EUR 237,69 – Variação (-) 0,10%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 380,00 – Variação  (-) 1,30%
EUR 410,00 – Variação (-) 1,20%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
4.1 – Recebimento de moeda estrangeira fora de Angola
USD 340,00 – Variação (-) 5,56%
EUR 350,00 – Variação (-) 7,89%
4.2 – Recebimento de moeda estrangeira em Angola
USD 275,00 – Variação (+) 1,85%
EUR 330,00 – Variação (+/-) 0%

Governador do Banco Nacional de Angola defende limitações na venda de divisas

O governador do Banco Nacional de Angola defendeu que o leilão de divisas ao sistema financeiro do país pelo banco central devia ser feito apenas em “situação de crise” e de “forma muito prudente”.

O governador do Banco Nacional de Angola defendeu, esta sexta-feira, que o leilão de divisas ao sistema financeiro do país pelo banco central devia ser feito apenas em “situação de crise” e de “forma muito prudente”.

A posição foi assumida por Valter Filipe no encerramento do VII Fórum Banca sobre Regulação e Supervisão Bancária, promovido pelo semanário angolano Expansão, tendo o gestor referido que quando Angola entrou para a economia de mercado deveria ter dado robustez e liquidez à banca inicial, conferindo melhor estabilidade e controlando o nível de preços e a taxa de inflação.

“Nós hoje, para criarmos melhor estabilidade, para controlarmos o nível geral de preços e a taxa de inflação, disponibilizamos pela via do banco central divisas para a banca comercial”, explicou.

Para o governador do banco central angolano, o país não pode continuar a disponibilizar divisas de forma regular, permanente e constante ao sistema financeiro, por via das suas reservas líquidas internacionais, por estar assim o Estado “a financiar de uma forma barata o sistema financeiro, as empresas e aquelas pessoas que têm acesso às divisas”.

Este mecanismo cria injustiça social, desequilíbrio social, faz com que tenhamos uma economia de importação, porque facilitamos os mecanismos de importação, facilitamos a estrutura de custo da importação e criamos uma economia vocacionada para a importação, é esse o contexto que hoje nós estamos”, frisou.

Valter Filipe salientou que uma economia vocacionada para a importação, cuja estrutura de custo é mais barata por essa via, define para o país “um modelo económico dependente das divisas e de um único recurso, e para a felicidade dos angolanos, era o preço do barril do petróleo”.

De acordo com o governador do BNA, o sistema financeiro deve ser “um instrumento para a inclusão, para a justiça social, para o combate à corrupção, ao favoritismo de uns e de outros”.

“Isto digo, porque em economia de mercado, se não existir crédito pessoal, se não existir crédito à habitação, se não existir crédito automóvel, se não existir crédito às pessoas, há corrupção”, enunciou.

“Esta é a lógica do capitalismo e se nós queremos prosperidade para todos temos que combater a injustiça social e o combate à injustiça social em economia de mercado faz-se pela via do sistema bancário, da negociação de crédito, da regulação, da supervisão, do combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, pela via da boa gestão, da ética, de estarmos todos ao serviço do povo e da prosperidade das famílias”, acrescentou.

Para o governador, Angola tem que caminhar para uma política monetária e cambial focada na agricultura, na produção e competitividade nacionais.

“Por isso entendemos que do ponto de vista dos agregados monetários, dado que temos limitações do seu uso, devemos caminhar para uma maior flexibilidade dos agregados monetários, para definirmos e fazer uma melhor indicação da nossa política monetária”, disse.

Relativamente à política cambial, Valter Filipe defendeu que deve continuar a disponibilizar divisas para o mercado, “não de forma muito administrativa como está a ser feito – dando-se maior disponibilidade para o sistema bancário -, mas olhando para o plano de negócios e de crédito dos bancos comerciais”, com garantias de que a prioridade é o setor da agricultura.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Observador
07/07/2017, 17:49