General Nunda constituído arguido por suspeitas de envolvimento na burla de 50 mil milhões USD com falso fundo tailandês

O General Geraldo Sachipengo Nunda foi constituído arguido no âmbito da investigação à tentativa de burla que envolve cidadãos angolanos e estrangeiros, acusados de negociar uma linha de crédito fictícia de 50 mil milhões USD, avançou à imprensa o sub-procurador-geral da República de Angola, Luís Benza Zanga.

O caso foi divulgado no início do mês, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), aquando do anúncio da detenção de oito elementos, fruto das investigações em torno do processo aberto por suspeita da prática de crimes de falsificação de documentos, burlas por defraudação, associação de malfeitores e branqueamentos de capitais, previsto e puníveis pelo código penal angolano.
“Os mesmos tentaram defraudar o Estado angolano quando se apresentaram como sendo proprietários de uma suposta empresa denominada Centennial Energy Company, Limited”, disse no passado dia 6 de Março, o superintendente-chefe Tomás Agostinho, do departamento central dos SIC.
Na altura, o responsável adiantou que “três altas patentes das Forças Armadas Angolanas (FAA)” estavam também sob suspeita, mas não adiantou nenhum nome, esclarecendo apenas que essas pessoas “não agiriam em nome das FAA, mas a titulo privado”, informou.
“O processo transitou para a esfera da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da PGR, órgão com competência para a instrução dos processos que envolvem individualidades que gozam de foro especial”, esclareceu.
No momento da detenção desses oito elementos, o Serviço de Investigação Criminal apreendeu, aos visados, vários meios, incluindo um cheque supostamente pertencente ao Banco da China (Hong Kong), a favor da empresa Centennial Energy Company, Limited, no valor de 99 mil milhões de dólares.
A rede de indivíduos, segundo o SIC, tentava, de forma fraudulenta, negociar uma operação de financiamento internacional de 50 mil milhões de dólares.
“Eles advogavam a necessidade de fazer parcerias com empresas angolanas, tendo recebido 53 propostas de empresas nacionais”, afirmou o responsável, acrescentando que “os processos destas empresas já se encontravam em posse dos indivíduos”.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
NJ
26/03/2018

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