A informação foi avançada esta sexta-feira, em Windhoek, pelo Presidente da Namíbia, Hage Geingob, quando discursava na cerimónia do 40ª aniversário do Massacre de Cassinga, acto presenciado pelo seu homólogo angolano, João Lourenço, que cumpre uma visita de Estado de três dias a esse país.
O acordo bilateral de conversão monetária foi assinado em 2014 e entrou em vigor em 2015. Tem fundamentalmente incidência sobre as zonas fronteiriças partilhadas entre os dois países, bem como a viabilização do câmbio directo entre o kwanza e o dólar namibiano em agências bancárias, casas de câmbio ou outros agentes em cada um dos países, competindo aos bancos centrais divulgar a taxa de câmbio de referência.
Segundo o presidente da Namíbia, que não avançou mais dados sobre o assunto, houve quem criticasse o acordo de conversão da moeda entre os dois países, iniciado no interesse das aspirações económicas dos dois Estados.
De igual modo, disse ser necessário reforçar os laços históricos que unem os dois países e povos, “a medida que avançamos para a segunda fase da nossa luta, a do desenvolvimento económico e social dos nossos países”.
Manifestou o seu apreço pelo facto do BNA honrar o seu compromisso nos termos de pagamento da referida dívida que estava pendente há algum tempo.
Namibianas homenageiam primeiro Presidente de Angola
A Avenida Ausspann Place, nos arredores da capital namibiana, passa, agora, a chamar-se Avenida António Agostinho Neto. A renomeação da rua e do largo com o mesmo nome foi testemunhada pelos presidentes de Angola, João Lourenço, e da Namíbia, Hage Geingob.
Ao Presidente angolano coube a honra de descerrar a placa da avenida, baptizada com o nome do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto.
João Lourenço agradeceu ao homólogo Hage Geingob e ao povo namibiano o facto de terem tomado a decisão de atribuir a esse largo nome de uma grande figura como Agostinho Neto.
Disse que o acto reveste-se de maior importância ainda pelo facto de ter lugar numa data história e importante para os dois povos, na qual se comemora o 40º aniversário do massacre de Cassinga.
Destacou o papel desempenhado por Agostinho Neto no processo de libertação do continente.
A recente emissão de dívida de Angola com a colocação de 3000 mil milhões de dólares em euro-obrigações foi um passo histórico para o alargamento da curva de maturidades, surpreendendo pela positiva, escreveu a unidade de estudos económicos do Banco Português de Investimento (BPI).
Os analistas do BPI adiantaram que a surpresa pela positiva deriva do facto de uma parte da emissão, de 1,25 mil milhões de dólares, ter sido colocada a uma maturidade de 30 anos, “já que a expectativa central era de que fosse apenas emitida dívida a 10 anos.”
Esta emissão de euro-obrigações foi a segunda efectuada por Angola, depois de em 2015 ter colocado dívida no montante de 1500 milhões de dólares junto de investidores internacionais, com uma maturidade de 10 anos.
O Ministério das Finanças de Angola informou na passada semana terem investidores dos Estados Unidos, Europa e Ásia apresentado 500 propostas de compra, tendo-se a procura situado em cerca de 9000 mil milhões de dólares, o triplo da emissão.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Angop
07/05/2018