Dia: 30 de Maio, 2018

30.05.2018 – Cotações do dia ( BNA, Banca Comercial, Mercado Informal – Kinguilas – e Private Deals )

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 237,34 (Compra 237,05 Venda 237,63) – Variação (+) 0,29% 
EUR 275,00 (Compra 274,65 Venda 275,34) – Variação (+/-) 0%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 240,01 (Compra 237,63 Venda 242,38) – Variação (+) 0,29%
EUR 278,09 (Compra 275,34 Venda 280,84) – Variação (+/-) 0%

2.2 – Venda de Notas
USD 242,38 – Variação (+) 0,29%
EUR 280,84 – Variação (+/-) 0%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 410,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 500,00 – Variação (+/-) 0%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
USD 500,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 530,00 – Variação (+/-) 0%

Moody’s retira Angola da lista de países cujo ‘rating’ é mais sensível ao clima

A agência de notação financeira Moody’s retirou Angola da lista de países cuja qualidade do crédito é mais vulnerável aos fatores climatéricos, essencialmente devido à saída das pessoas da pobreza extrema e das zonas rurais.
“O crédito soberano de Angola permanece vulnerável devido ao impacto projetado das mudanças climatéricas nos rendimentos das colheitas de arroz, trigo e milho, nas cheias e também devido à evidência histórica de um número relativamente elevado de desastres naturais”, escrevem os analistas da Moody’s.
O relatório da Moody’s é uma atualização da análise sobre a suscetibilidade de um país a eventos de risco climatéricos, baseado na abordagem apresentada em 2016, que constata que há 39 países nestas condições, 17 dos quais em África e os restantes 12 na Ásia.
“Angola também tem níveis baixos de rendimento e uma capacidade limitada de resposta a choques, mas a sua dependência do setor agrícola é baixa e a sua suscetibilidade geral a riscos de mudanças climatéricas diminuiu porque a avaliação no índice melhorou, alicerçada por um declínio da população rural e em situação de pobreza”, escrevem os analistas.
Na nota enviada aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, os analistas dão conta de que a lista permanece sensivelmente a mesma face aos valores de 2016, havendo, no entanto, nove países que entraram: Camarões, Ilhas Maurícias, Filipinas, Ruanda, Suazilândia, Tajiquistão e Tanzânia, ao passo que Angola, Arménia e Bolívia saíram.
“Em termos absolutos, a vulnerabilidade de cada país não mudou de forma muito significativa”, diz a Moody’s, explicando que a alteração surge porque “relativamente à lista mais alargada de países, que inclui alguns na região da África subsaariana altamente expostos ao clima, Angola, Arménia e Bolívia ficam, em comparação, menos suscetíveis”.
A Moody’s desceu a 27 de abril, o ‘rating’ de Angola, de B2 para B3, mudando a Perspetiva de Evolução de ‘Negativa’ para ‘Estável’, concluindo assim o processo de revisão em baixa iniciado em fevereiro passado.
As principais razões para a descida do ‘rating’, que se afunda ainda mais em território de ‘Não Investimento’, ou ‘Junk’ (lixo), como é normalmente conhecido, são “os riscos de refinanciamento interno e externo, que se manterão altos pelo menos nos próximos dois anos, e as métricas orçamentais e o peso da dívida, que já não estão em linha com os pares avaliados em B2″.
A ‘Perspetiva de Evolução’ do ‘rating’ de Angola subiu para ‘Estável’, uma semana depois de ter assinado com o FMI um Instrumento de Coordenação de Políticas, e de a agência S&P ter melhorado o ‘rating’, e na mesma semana em que o Ministério das Finanças estava a apresentar aos investidores a intenção de lançar uma emissão de dívida pública de dois mil milhões de dólares em maio.
Na explicação da descida do ‘rating’ e atribuição da Perspetiva de Evolução Estável, a Moody’s diz que “isso reflete a expectativa de pressões de crédito equilibradas, com uma recuperação potencial gradual apoiada pelo aumento da produção de petrolífera”, mas também dos preços do petróleo.
“Os preços mais altos vão melhorar a posição externa do Governo e dar algum alívio às pressões de liquidez e à capacidade de servir a dívida”, escrevem os analistas da Moody’s, concluindo que “o âmbito e profundidade das reformas iniciadas pelo novo Governo e o potencial do programa do FMI de Instrumento de Coordenação de Políticas devem assegurar o regresso à estabilidade macroeconómica a médio prazo”.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Lusa
30/05/2018

Angola quer mais dinheiro da China: Empréstimo de 15,5 mil milhões USD à vista

A dívida de Angola à China prepara-se para sofrer um agravamento de 15,5 mil milhões de dólares, valor que o Executivo pretende obter com mais um empréstimo junto do parceiro asiático, a fim de financiar projectos de desenvolvimento, nomeadamente nos sectores da Energia e Infraestruturas.
Os planos do Governo angolano de pedir mais 15,5 mil milhões de dólares de empréstimo à China constam de uma nota enviada aos investidores, a propósito de uma nova emissão de dívida pública.
De acordo com essa informação, o crédito chinês será disponibilizado através de duas instituições financeiras: o Banco Internacional e Comercial da China, de onde sairá a maior fatia, no valor de 13 mil milhões de dólares; e o Banco Chinês de Export-Import, que cederá os restantes 2,5 mil milhões de dólares.
Neste segundo caso, o dinheiro permitirá financiar a construção da estrada da Corimba, obra orçada em 690,2 milhões de dólares; o sistema de transporte de electricidade da Barragem de Luachimo, na província da Lunda-Norte, despesa estimada em 760,4 milhões de dólares; e a edificação da futura Academia Naval de Kalunga, Porto Amboim, avaliada em 1,1 mil milhões de dólares.
Já a verba proveniente do Banco Internacional e Comercial da China prevê custear gastos com a construção do futuro aeroporto de Luanda, calculados em 1,28 mil milhões de dólares.
Finalmente, os restantes 11,7 mil milhões de dólares serão canalizados para uma linha de crédito, destinada ao financiamento de outros projectos.
Com este empréstimo, a dívida de Angola à China, que entre 2000 e 2014 ascendeu a 16,6 mil milhões de dólares, prepara-se para sofrer um novo agravamento.
Crédito chinês produz benefício para destinatários
Segundo a unidade de investigação AidData, da universidade norte-americana William & Mary, nesses 15 anos o país tornou-se o 3.º maior destinatário do financiamento chinês.
De acordo com a pesquisa, inédita por quantificar com detalhe os empréstimos e doações efectuados por Pequim além-fronteiras, a China estava – em 2014 – a 40,2 mil milhões de dólares de igualar os EUA na lista de principal fonte de financiamento dos países em desenvolvimento.
“Ao nível mais alto, pode-se dizer que os EUA e a China são agora rivais nos gastos, no que toca às suas transferências financeiras para outros países”, escrevia, em Outubro do ano passado, o director executivo da AidData, Bradley C. Parks, citado pela agência Lusa.
De acordo com o responsável, a maioria do maioria do financiamento chinês parece servir o crédito à exportação e outros critérios que visam promover os objectivos chineses, mas produzem pouco benefício nos países destinatários.
“A maior fatia do financiamento não visa permitir um crescimento económico significante para os países receptores”, afirmava Bradley C. Parks, acrescentando ainda que os beneficiários são países que votam alinhados com Pequim nas Nações Unidas.
Os dados divulgados pela AidData resultaram de cinco anos de investigação, que envolveram 100 investigadores e assistentes e 15.000 fontes de informação, incluindo 4.300 projectos desenvolvidos em 140 países e territórios.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
NJ
30/05/2018