Dia: 7 de Junho, 2018

Venda de divisas – 6 de Junho de 2018 (reposição da posição cambial dos bancos comerciais)

O Banco Nacional de Angola efectuou hoje, dia 06 de Junho, uma sessão de leilão de venda de divisas, tendo colocado no mercado primário o montante de EUR 25 milhões para reposição da posição cambial dos bancos comerciais.

Desta sessão, foi apurada a taxa de câmbio média ponderada de Kz 281,518 por EURO, com variação de 1,21 por cento, passando a vigorar a tabela de câmbios que se anexa.

Contribuíram para o apuramento da taxa de câmbio de referência 16 bancos, tendo a taxa mais alta sido de Kz 282,317 por EURO e a mais baixa de Kz 280,787 por EURO. Em função das regras para organização dos leilões, o montante colocado foi arrecadado como se segue:

Venda Adicional de 31-05-2018

BAI

3.125.000,00

BIC

3.125.000,00

SOL

3.125.000,00

BFA

2.240.251,45

SCBA

1.798.589,80

BCGA

1.750.000,00

BMF

1.459.141,65

VTB

1.450.000,00

BPT

1.398.214,69

BCH

1.115.533,47

BE

1.000.000,00

BRK

759.081,62

BKI

750.000,00

FNB

750.000,00

SBA

650.641,39

BPG

503.545,93

TOTAL

25.000.000,00

Informamos igualmente, que o BNA efectuou vendas de divisas no montante Euros 196,6 milhões para cobertura de operações comerciais (mercadorias, serviços e capitais) e no montante de Euros 65,8 milhões para cobertura de operações privadas (viagens, educação, saúde, ajuda familiar e salários dos expatriados).

Informação Financeira Semanal – Taxas de Juro, Inflação, LUIBOR, BTs e OTs (07/06/2018)

1 – Taxas de Juro

Taxa Básica do BNA: 18%

Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez: 0%

Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez – Overnight: 0%

Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez – 7 Dias: 0%

BT – 91 dias: 16,15%

BT – 182 dias: 20,25%

BT – 364 dias: 23,90%

OT-TX – 2 anos: 7,00%

OT-TX – 3 anos: 7,25%

OT-TX – 4 anos: 7,50%

OT-TX – 5 anos: 7,75%

2 – Taxas de Inflação

Dados referentes ao mês de Abril de 2018

Inflação Mensal: 1,22%

Inflação Homóloga: 20,22%

3 – LUIBOR

Overnight: 21,03%

1 Mês: 18,89%

3 Meses: 19,83%

6 Meses: 20,82%

9 Meses: 21,82%

12 Meses: 22,83%

07.06.2018 – Cotações do dia ( BNA, Banca Comercial, Mercado Informal – Kinguilas – e Private Deals )

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 238,80 (Compra 238,54 Venda 239,06) – Variação (+) 0,18% 
EUR 281,16 (Compra 280,81 Venda 281,52) – Variação (+) 1,21%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 241,45 (Compra 239,06 Venda 243,84) – Variação (+) 0,17%
EUR 284,34 (Compra 281,52 Venda 287,15) – Variação (+) 1,21%

2.2 – Venda de Notas
USD 243,84 – Variação (+) 0,17%
EUR 287,15Variação (+) 1,21%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 405,00 – Variação (-) 1,22%
EUR 490,00 – Variação (-) 1,01%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
USD 500,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 530,00 – Variação (+/-) 0%

Contas do Governo angolano colocam 8% da dívida pública nas mãos de Israel

A dívida de Angola a Israel já representa cerca de oito por cento da dívida externa, com quase 2.600 milhões de euros, indicam dados recentes do Governo angolano, mas que a Embaixada israelita em Luanda desconhece.
Segundo informação disponibilizada aos investidores internacionais em maio último, o executivo angolano reconhece que o Governo de Israel, através da Companhia de Seguros de Risco de Comércio Exterior de Israel (ASHRA) tem vindo a assegurar alguns dos fornecedores daquele país a projetos angolanos.

Esse seguro envolve nomeadamente “riscos políticos”, permitindo assim que os fornecedores israelitas solicitem financiamento para as exportações para Angola, junto de bancos comerciais. A dívida pública angolana a Israel, que por país é a segunda maior, apenas atrás da China, ascende já a 3.000 milhões de dólares (2.560 milhões de euros), num total global de 38.300 milhões de dólares (32.700 milhões de euros).
Números que surpreendem o embaixador de Israel em Angola, como admitiu o próprio diplomata, em entrevista à agência Lusa, em Luanda. “Eu desconheço. Só sei de 250 milhões de dólares [210 milhões de euros] que o Estado de Israel deu para Angola, especialmente na área da agricultura. Sobre outros números, eu não sei. Não é dívida para com o Estado de Israel, com certeza”, afirmou o embaixador Oren Rozenblat.
Ainda assim, o diplomata considera que Angola e Israel são “países amigos” e têm um caminho de cooperação para fazer, “especialmente na área da agricultura”. Sobretudo quando Angola vive “em situação difícil”, devido à crise do petróleo. “Nós somos amigos também nas situações difíceis, queremos ajudar, dar dinheiro, especialmente na área da agricultura. Para nós é o futuro da cooperação entre os dois países”, apontou Oren Rozenblat.
O grupo israelita LR tem sido um dos principais investidores no setor agrícola em Angola, através da empresa Vale Fértil, subsidiária angolana. O grupo anunciou em 2017 que pretendia investir 113 milhões de euros na instalação de uma unidade de transformação de fosfato na província do Zaire e uma produção anual acima das 330.000 toneladas de fertilizantes.
O Projeto Integrado de Exploração e Transformação de Fosfato do Lucunga (PIETFL) cuja primeira pedra foi lançada na localidade de Lucunga, município do Tomboco, é tido pelo Governo angolano como prioritário, tendo em conta as avultadas necessidades de importação de fertilizantes e a aposta na agricultura no processo de diversificação da economia, profundamente afetada pela queda nas receitas com a exportação de petróleo.
Envolve uma área de concessão de 504 quilómetros quadrados, onde se estima a existência de 215 milhões de toneladas de rocha fosfatada e jazigos na ordem de 71 milhões de toneladas, com teores de fosfato a rondar os 10%, de acordo com a mesma informação, que aponta ainda para um investimento privado na ordem dos 132 milhões de dólares (113 milhões de euros) até 2019.
No pico da produção, a partir de 2022, serão garantidas 550 mil toneladas anuais, gerando receitas brutas superiores a 100 milhões de euros.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Lusa
07/06/2018

Empresas estrangeiras tiraram 2,3 mil milhões de dólares de Angola em 2017

Genebra, 07 jun (Lusa) – As empresas estrangeiras a operar em Angola tiraram 2,3 mil milhões de dólares do país no ano passado, de acordo com o Relatório sobre o Investimento Mundial, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

“O Investimento Direto Estrangeiro para Angola, a terceira maior economia de África, foi outra vez negativo, no valor de -2,3 mil milhões de dólares, face aos 4,1 mil milhões de 2016, com as filiais estrangeiras no país a transferirem fundos para o estrangeiro através de empréstimos entre companhias”, lê-se no relatório divulgado hoje em Genebra.

O documento dá conta que, para além disto, o panorama em Angola é também negativo porque “a produção petrolífera declinou e os fundamentos macroeconómicos deterioraram-se”.

O documento aponta para a suspensão dos novos lançamentos de poços petrolíferos em 2017, que deverão ser retomados este ano, e a elevada inflação e a escassez de moeda estrangeira como elementos que afastaram os investidores internacionais.

No continente, o fluxo de investimentos estrangeiros em África caiu 21%, para 42 mil milhões, enquanto os investimentos africanos no estrangeiro recuperaram 8%, para 12 mil milhões de dólares, alicerçados “no início da recuperação dos preços do petróleo, bem como em avanços na cooperação inter-regional através da assinatura do acordo de livre comércio na região, que deve fazer aumentar o fluxo de IDE para cerca de 50 mil milhões de dólares, este ano, “desde que o ambiente político global permaneça favorável”.

O relatório da UNCTAD considera que a queda nos fluxos para África “deveu-se principalmente aos baixos preços do petróleo e aos efeitos da queda dos preços das matérias-primas, que contraiu os fluxos nas economias dependentes das exportações, como o Egito, Moçambique, Congo, Nigéria e Angola”.

O IDE global caiu 23% no ano passado, para 1,43 biliões de dólares, de acordo com a análise divulgada hoje pela UNCTAD.

“As pressões descendentes sobre o IDE e o abrandamento nas cadeias de valor globais são uma grande preocupação para os decisores políticos a nível mundial, e especialmente nos países em desenvolvimento, disse o secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi, comentando os dados divulgados hoje em Genebra.

O abrandamento, “em claro contraste com outras variáveis macroeconómicas que registaram um aumento substancial em 2017”, foi motivado em parte por uma diminuição de 22% no valor das fusões e aquisições internacionais, e os valores dos investimentos previstos, indicadores da tendência para o futuro, registaram uma queda de 14%, para 720 mil milhões de dólares.

MBA // VM

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Lusa/Fim
07/06/2018