Dia: 15 de Junho, 2018

15.06.2018 – Cotações do dia ( BNA, Banca Comercial, Mercado Informal – Kinguilas – e Private Deals )

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 241,82 (Compra 241,56 Venda 242,08) – Variação (+) 1,24% 
EUR 281,16 (Compra 280,81 Venda 281,52) – Variação (+/-) 0%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 244,51 (Compra 242,08 Venda 246,93) – Variação (+) 1,25%
EUR 284,34 (Compra 281,52 Venda 287,15) – Variação (+/-) 0%

2.2 – Venda de Notas
USD 246,93 – Variação (+) 1,25%
EUR 287,15 – Variação (+/-) 0%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 395,00 – Variação (+) 1,28%
EUR 470,00 – Variação (+/-) 0%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
USD 475,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 515,00 – Variação (+/-) 0%

Suíça: Justiça investiga branqueamento de capitais ligado a pessoas do BNA e FSDEA

Depois da Inglaterra e das Ilhas Maurícias, chegou a vez de a Suíça investigar operações financeiras provenientes de Angola por suspeitas de branqueamento de capitais, envolvendo “algumas pessoas” do Banco Nacional de Angola (BNA) e do Fundo Soberano (FSDEA), avança o Consórcio Internacional de JornalSegundo o CIJI, que ganhou fama mundial a partir da divulgação de milhares de documentos que lançaram suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais sobre várias figuras públicas – conhecidas pelos escândalos “Panama Papers e “Paradise Papers” -, a Suíça está a rastrear operações financeiras envolvendo Angola.

“O ministro da Justiça da Suíça confirmou ao CIJI ter aberto um inquérito por branqueamento [de capitais] no passado mês de Abril, na sequência de alegações envolvendo “certas pessoas” ligadas ao banco central angolano e ao Fundo Soberano de Angola”, avança o site do Defi Media Group, das Maurícias.

O portal adianta que, para além de iniciarem essa investigação, as autoridades suíças decidiram reforçar as leis de combate ao branqueamento de capitais, endurecendo as obrigações fiduciárias das sociedades que participam na criação e gestão de empresas e trusts.

Uma das mudanças previstas visa identificar os beneficiários dessas sociedades, indica o Defi Media Group, acrescentando que essas diligências foram desencadeadas pelas revelações dos Paradise Papers.

Recorde-se que esta investigação assentou numa gigantesca fuga de informação, com a exposição de mais de 13 milhões de ficheiros de uma firma de advogados, a Appleby, que tinha nos seus arquivos os “truques” de milhares de pessoas e empresas abrangendo o período entre 1950 e 2016 para “pouparem” nos impostos devidos, ou ainda a Asiaciti Trust, de Singapura, ambas com escritórios e representações nos mais importantes paraísos fiscais do mundo.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
NJ/Media Group
15/06/2018

Inflação volta a subir

A taxa de inflação mensal em Angola voltou a subir entre Abril e Maio, para 1,27%, mas o acumulado dos últimos 12 meses está já abaixo dos 20%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

Segundo o relatório mensal do INE sobre o comportamento da inflação, ao qual a Lusa teve acesso, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) de Maio contrasta com os 1,22% em Abril e os 1,44% em Março.

Estes registos contrastam com o pico mais recente, de 2017, entre Setembro e Outubro, período em que os preços aumentaram 2,39%, logo após as eleições gerais de Agosto. O pico da inflação mensal nos últimos anos registou-se em Julho de 2016, quando, no espaço de um mês, os preços registaram um aumento médio de 4%.

A inflação acumulada a 12 meses voltou a descer em maio, para 19,84%, depois dos 20,22% de Abril.

Segundo o INE, a subida de preços em maio de 2018 foi influenciada sobretudo pelos setores “Lazer, Recreação e Cultura”, com 2,33%, pelo “Vestuário e Calçado”, com 1,71%, pelos ” Bens e Serviços Diversos “, com 1,66%, e pelo “Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção”, com 1,60%.

Os aumentos de preços no terceiro mês do ano foram liderados pelas províncias de Malanje (2,90%), Cunene (1,92%), Moxico (1,91%) e Cuanza Sul (1,71%), enquanto as com menor variação foram Bié (0,95%), Lunda Sul (1,15%), Namibe (1,17%) e Huíla (1,19%).

Desde Setembro de 2014 que a inflação não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de petróleo bruto, o que fez disparar o custo, nomeadamente dos alimentos.

O Governo prevê chegar ao final de 2018 com uma inflação acumulada de 28,7% (entre janeiro e dezembro), mas a previsão é abalada depois de, nos dois últimos anos, ter visto a meta largamente ultrapassada e sempre a dois dígitos, devido à crise.

A concretizar-se, este será o segundo valor anual da inflação mais alto desde 2004 em Angola.

A previsão para 2018 é desde logo condicionada pelo novo regime flutuante cambial, em que a taxa de câmbio é definida pelo mercado, nos leilões de divisas realizados pelo Banco Nacional de Angola para os bancos comerciais.

Nos primeiros três meses deste regime, o kwanza sofreu uma depreciação de 31% face ao euro e de 22% para o dólar norte-americano, o que poderá agravar os custos de importação do país.

Entre janeiro e dezembro de 2016 (12 meses) os preços em Angola subiram praticamente 42%, segundo os relatórios anteriores do INE sobre o IPCN.

Em todo o ano de 2017, a subida acumulada nos preços foi 23,67%, registo muito superior à previsão de 15,8% para o período entre janeiro e dezembro que o Governo inscreveu no OGE.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Jornal Mercado
15/06/2018