Suíça: Justiça investiga branqueamento de capitais ligado a pessoas do BNA e FSDEA

Depois da Inglaterra e das Ilhas Maurícias, chegou a vez de a Suíça investigar operações financeiras provenientes de Angola por suspeitas de branqueamento de capitais, envolvendo “algumas pessoas” do Banco Nacional de Angola (BNA) e do Fundo Soberano (FSDEA), avança o Consórcio Internacional de JornalSegundo o CIJI, que ganhou fama mundial a partir da divulgação de milhares de documentos que lançaram suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais sobre várias figuras públicas – conhecidas pelos escândalos “Panama Papers e “Paradise Papers” -, a Suíça está a rastrear operações financeiras envolvendo Angola.

“O ministro da Justiça da Suíça confirmou ao CIJI ter aberto um inquérito por branqueamento [de capitais] no passado mês de Abril, na sequência de alegações envolvendo “certas pessoas” ligadas ao banco central angolano e ao Fundo Soberano de Angola”, avança o site do Defi Media Group, das Maurícias.

O portal adianta que, para além de iniciarem essa investigação, as autoridades suíças decidiram reforçar as leis de combate ao branqueamento de capitais, endurecendo as obrigações fiduciárias das sociedades que participam na criação e gestão de empresas e trusts.

Uma das mudanças previstas visa identificar os beneficiários dessas sociedades, indica o Defi Media Group, acrescentando que essas diligências foram desencadeadas pelas revelações dos Paradise Papers.

Recorde-se que esta investigação assentou numa gigantesca fuga de informação, com a exposição de mais de 13 milhões de ficheiros de uma firma de advogados, a Appleby, que tinha nos seus arquivos os “truques” de milhares de pessoas e empresas abrangendo o período entre 1950 e 2016 para “pouparem” nos impostos devidos, ou ainda a Asiaciti Trust, de Singapura, ambas com escritórios e representações nos mais importantes paraísos fiscais do mundo.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
NJ/Media Group
15/06/2018

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