A procura mensal de divisas para a aquisição de matérias-primas para o sector não-petrolífero da economia excede 300 milhões de dólares, disse o governador do Banco Nacional de Angola, ao discursar no encerramento do VII Fórum Banca, realizado sob o lema “Qual o melhor regime cambial para Angola” promovido pelo Jornal Expansão.
José de Lima Massano adiantou que muita dessa procura junto do banco central, via banca comercial, para pagar a importação de mercadorias poderia ser satisfeita com a produção interna, muito particularmente no sector das bebidas.
Citando um outro exemplo, o governador disse que no primeiro trimestre de 2018 a importação de alimentos cifrou-se em 560 milhões de dólares, apesar de representar uma queda de 30% comparativamente ao mesmo período de 2017, não se deverá afastar muito até ao final de Dezembro do montante registado no ano passado, com 3,3 mil milhões de dólares.
“A consciencialização das nossas limitações deve ser geral para que, em conjunto, as possamos superar, sendo que o país tem condições para produzir parte dos bens que são actualmente importados”, disse Lima Massano.
A prioridade para as divisas escassas que o país tem, acentuou José Massano, devem ser utilizadas de modo eficiente e com razoabilidade económica, devendo ser colocadas ao serviço do desenvolvimento e da construção do bem-estar social e garantir mais capacidade de protecção das reservas internacionais para manter a solvabilidade externa da economia.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
02/07/2018