Dia: 11 de Julho, 2018

11.07.2018 – Cotações do dia ( BNA, Banca Comercial, Mercado Informal – Kinguilas – e Private Deals )

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 253,77 (Compra 253,47 Venda 254,06) – Variação (+) 0,41%
EUR 297,13 (Compra 296,76 Venda 297,50) – Variação (+/-) 0%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 256,60 (Compra 254,06 Venda 259,14) – Variação (+) 0,42%
EUR 300,48 (Compra 297,50 Venda 303,45) – Variação (+/-) 0%

2.2 – Venda de Notas
USD 259,14 – Variação (+) 0,42%
EUR 303,45Variação (+/-) 0%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 375,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 445,00 – Variação (+/-) 0%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
USD 425,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 480,00 – Variação (+/-) 0%

Cartão chinês Union Pay lançado oficialmente em Angola

O cartão Union Pay International foi terça-feira oficialmente apresentado pela Empresa Interbancária de Serviços (Emis) no decurso do primeiro dia da 34.ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda/2018), que decorre até sábado nas instalações da Zona Económica Especial Luanda/Bengo, em Viana.

A cerimónia, testemunhada pelo presidente da Comissão Executiva da Emis, José Gualberto de Matos e pelo director-geral da filial africana da Union Pay, Luping Zhang, serviu para apresentar o cartão, emitido e carregado no estrangeiro, que vai facilitar aos cidadãos chineses residentes em Angola fazer transacções sem qualquer restrição.

José Gualberto de Matos disse que o cartão é uma importação de serviços, porque ao entregar kwanzas aos portadores dos cartões “estamos a receber moedas estrangeiras, mas o mais importante é que isso facilita o ambiente de negócio, torna os pagamentos mais fáceis e mais seguros e transparentes, porque evita que as pessoas tenham de se socorrer do mercado paralelo.”

Luping Zhang disse por seu turno que cada cidadão chinês que tenha um cartão terá facilidades em realizar as suas transacções e ter uma vida mais facilitada em Angola, “podendo a partir de agora levantar kwanzas para as suas necessidades diárias com os cartões emitidos na China”, segundo a agência noticiosa Angop.

A Union Pay International irá proceder ao pagamento aos bancos comerciais dos montantes levantados em kwanza com a entrega de dólares, “o que vai fazer com que grande quantidade de moeda estrangeira entre no país”, disse José Gualberto de Matos.

Os cartões da Union Pay são aceites em 168 países e regiões, 50 dos quais em África, cobrindo mais de 26 milhões de comerciantes e 1,9 milhões de caixas automáticas até à data.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
11/07/2018

Fitch Ratings mantém notação de risco de Angola, mas melhora perspectiva para estável

A agência Fitch Ratings manteve a notação de risco da dívida soberana de Angola em “B”, altamente especulativa e sem qualidade para investimento, mas reviu em alta de “negativa” para “estável” a perspectiva de evolução da economia, segundo o relatório divulgado terça-feira.

A agência justificou a revisão em alta da perspectiva de evolução da economia com a introdução de melhorias no regime cambial, que passou de um em que as taxas eram fixadas administrativamente para outro em que é o mercado a determinar as taxas, bem como a adopção de uma agenda de reformas ambiciosa.

A agenda de reformas inclui ajustamentos nas vertentes monetária, orçamental e estrutural, que vão diminuir as vulnerabilidades externas e melhorar as finanças públicas, segundo os analistas da Fitch Ratings.

A agência prevê que Angola registe este ano um crescimento económico de 2,3%, que subirá para 2,5% em 2019, devendo o défice orçamental baixar para 5,4% este ano, depois de em 2017 se ter situado em 6,8%.

A dívida pública aumentou para 66,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2017, quando era de 50,7% no final de 2015″, lembram os analistas, que antecipam que a dívida pública chegue a um pico de 67,5% no final deste ano para começar a cair a partir de 2019 e chegar a 2020 com 58,7% do PIB.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
11/07/2018

Suspensão da venda de dólares a Angola pela Reserva Federal Americana continua

Entidades confirmam que continuam bloqueados os canais para importação da nota verde, mesmo depois de várias reformas impostas pelo regulador. Hoje, só se ‘safam’ entidades com gabinetes de operações no estrangeiro e os enraizados no estrangeiro. Mas só funciona para pagamentos lá fora. Dólar entra, mas só com petróleo.

O mapa consolidado de divisas do Banco Nacional de Angola (BNA) não regista vendas regulares de dólares, nos leilões oficiais, desde finais de 2015, completando assim dois anos e meio que essa divisa não circula nas operações da banca e demais entidades financeiras.

Várias fontes bancárias consultadas pelo VALOR garantiram que persistem as dificuldades em matéria de importação ou mesmo de compra, no mercado interno, do dólar dos Estados Unidos, moeda que foi substituída pelo euro, nos leilões de divisas.

Dezembro de 2015 foi a última vez que o banco central fechou um leilão completo em dólar (ver gráfico). Para todo o ano, foram colocados, no mercado cambial, 17,4 mil milhões de dólares, o maior volume de divisas desde então.

No ano seguinte, o banco central fez uma venda tímida de 832 milhões de dólares, numa sequência irregular. Ou seja, depois de ter despachado os 822,4 milhões entre Janeiro e Maio, o BNA só voltou a autorizar mais um leilão de 9,5 milhões, em Outubro, a última venda do período.

De lá para cá, e após várias reformas introduzidas nos consulados dos três últimos governadores do banco central, as operações em moeda estrangeira passaram a ser realizadas apenas em euros. Já o dólar, só circulava (e circula) no mercado paralelo, sob forte controlo das autoridades.

O VALOR sabe, no entanto, que, pelo menos, três bancos mantêm operações marginais em dólar, graças aos seus gabinetes de operações no estrangeiro, ou através de contas que mantêm domiciliadas em bancos estrangeiros. São os casos dos bancos Angolano de Investimento (BAI), o de Fomento e Angola (BFA) e o Standard Bank Angola (SBA).

O BAI tem representação internacional através do BAI Europa, em Portugal, e do BAI Cabo Verde, no país com o mesmo nome, além de outras parcerias que asseguram o negócio BAI em São Tomé e Príncipe. Segundo um alto quadro da sua administração, é por esta via que o banco desenvolve operações em dólares.

“Temos contas em dólares e trabalhamos com correspondentes, essencialmente para pagamentos de mercadorias. As importações de mercadorias são pagas em dólares. Não há restrições nesse quesito. O que não importamos é dólar. Não houve melhoria nesse capítulo”, disse a fonte de um dos integrantes do ‘top 5’ da banca comercial angolana.

Também o BFA, através da sua ‘casa-mãe’ – o luso Banco Privado de Investimento – e demais parcerias mantém operações e contas abertas em dólar no estrangeiro. É o mesmo que sucede com a filial angolana do gigante sul-africano Standard Bank.

DE ONDE SAI O DÓLAR

Enquanto os bancos se debatem com a falta do dólar, nas ruas de Luanda sempre houve dólares. Reportagens do VALOR confirmaram isso, com o bairro Mártires do Kifangondo, Cassequel e Hoji-Ya-Henda como epicentro das operações paralelas do dólar.

Há, entretanto, um grupo de gestores que garante que há dólar a entrar no país. O que também deixam claro é que os recursos são cada vez mais escassos. Aliás, fonte do Standard Bank Angola assegura que, neste momento, a indústria petrolífera é a que que mais tem captado recursos em dólar, através das companhias petrolíferas e dos barris de petróleos vendidos por Angola.

Aliás, sempre foi o petróleo o maior captador de recursos em moeda estrangeira. Este potencial começou a diminuir no fim do primeiro semestre de 2014, precisamente em Junho, quando o barril de crude despencou dos 112.94 dólares para os actuais 77.68 dólares (preço de quinta-feira, 28/6), depois de já se ter situado abaixo dos 50 dólares.

REFORMAS DE RESGATE

O desaparecimento do dólar dos leilões oficiais de divisas obrigou o banco central a ensaiar um conjunto de medidas para o resgate de bancos correspondentes que intermediavam na venda do dólar para Angola. Essas operações ficaram suspensas pelo regulador norte-americano que alegadamente apontou suspeitas de lavagem de dinheiro nas operações financeiras angolanas.

Com o Valter Filipe à frente do governo do BNA, iniciou uma campanha de visitas a entidades congéneres com vista a captar melhores práticas de gestão e de supervisão bancária. Esse responsável que antecede a José Massano no banco central visitou os Estados Unidos, França, Portugal, Itália e Inglaterra. O périplo incluiu a África do Sul.

Ao VALOR, gestores bancários garantem que nem isso mesmo minimizou as pressões sobre as divisas, vindas das pequenas e médias empresas e até de particulares. Situação que ajudou na corrosão das reservas internacionais líquidas do país, hoje situadas nos 12,9 mil milhões de dólares.

Em 2015 a Reserva Federal dos Estados Unidos decidiu suspender a venda de dólares a bancos sediados em Angola por sistemática violação das regras de regulação do sector e suspeita de que o país possa estar a financiar redes de terrorismo.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
VE
10/07/2018