Dia: 25 de Julho, 2018

Angola corta importação de produtos da cesta básica para metade

O Governo pretende cortar para metade, até 2022, os recursos cambiais utilizados na importação de produtos da cesta básica, redução que deverá ser coberta pelo aumento, também face aos indicadores de 2017 e na mesma proporção, da produção nacional.

O objectivo consta do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), aprovado e publicado este mês pelo Governo angolano, que pretende melhorar o funcionamento dos serviços de apoio ao exportador, a competitividade do país e promover a substituição de importações por produção nacional na agricultura, pecuária, pescas, indústria, saúde, formação e educação.

Desde logo, segundo o documento, consultado hoje pela Lusa, estão previstos incentivos fiscais e cambiais à diversificação das exportações e apoios ao fomento das indústrias consideradas prioritárias.”A implementação do programa tem como prioridade a execução de iniciativas que permitam a obtenção de resultados imediatos. Paralelamente, serão criadas condições de fundo para que os impactos gerados perdurem no tempo de forma sustentada”, lê-se no documento.

Para 2018, o objectivo do PRODESI é cortar em 15% os gastos de divisas (euros e dólares) com a importação de produtos da cesta básica, essencialmente alimentos, e o crescimento na mesma percentagem da produção nacional (em toneladas). Esses valores deverão duplicar em 2020, chegando aos 50% dois anos depois.A Lusa noticiou a 30 de junho que as importações angolanas de alimentos ascenderam em 2017 ao equivalente a mais de 7,5 milhões de euros por dia, pressionando as Reservas Internacionais Líquidas (RIL), que já estão em mínimos de vários anos.
De acordo com dados tornados públicos pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), só no primeiro trimestre de 2018, o país já necessitou de importar 560 milhões de dólares (480 milhões de euros) em alimentos.”Apesar de representar uma queda de 30% comparativamente ao mesmo período de 2017, se guiados pela procura, que se mantém alta, no final do presente ano poderemos não estar muito longe dos cerca de 3,3 mil milhões de dólares [2.800 milhões de euros] de importação de alimentos verificada em 2017″, alertou José de Lima Massano.
Angola vive uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra para metade, entre finais de 2014 e 2017, das receitas com a exportação de petróleo, devido à baixa da cotação do barril de crude no mercado internacional, que por sua vez reduziu fortemente a entrada de divisas no país.A exportação de petróleo ainda garante mais de 95% das receitas angolanas, peso que o Governo pretende redistribuir, sobretudo com o incremento da agricultura.
A nova Lei do Investimento Privado, que liberaliza os investimentos no país por estrangeiros, a simplificação do pagamento de impostos, a reforma do sistema de Justiça, para dar celeridade aos processos e introduzindo salas comerciais, bem como a criação de um portal único e uma “via verde” para as exportações são medidas previstas ao abrigo do PRODESI, algumas a implementar com o apoio do Banco Mundial.Entre as metas do programa contam-se a subida nos rankings internacionais de competitividade e no Investimento Directo Estrangeiro, que nos últimos tem estado em queda, em Angola.
O documento aponta, “como referência”, que no ano de 1974, no período colonial português, as exportações dos 15 principais produtos não petrolíferos representaram cerca de 44% do total das exportações angolanas. Somaram, à data, 554,1 milhões de dólares, o que “representaria hoje 27 vezes o total das exportações em 2016″, que foram de 142 milhões de dólares (retirando petróleo e diamantes).”Mesmo considerando que o contexto e os factores de competitividade de 1974 são diferentes do momento actual, é inegável admitir que o potencial de exportação nacional é evidente”, lê-se no documento.O café é um dos produtos agrícolas que mais sentiu a quebra na produção, com o Governo angolano a prever uma produção média anual, até 2022, entre as 4.000 a 6.000 toneladas, valor distante das 240.000 toneladas de 1973.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
O País
25/07/2018

Governo de Angola quer integrar economia informal na formal

O governo de Angola identificou as políticas e programas que irão permitir a integração progressiva da economia informal na formal, tendo em conta a importância que não pode ser negligenciada desta última na economia do país, disse terça-feira em Luanda o ministro da Economia e Planeamento.

O ministro Pedro Luís da Fonseca, ao discursar no encerramento da mesa redonda sobre a economia informal que decorreu durante dois dias, destacou a política de ambiente de negócios, competitividade e produtividade e a de emprego e da melhoria das condições de trabalho, sendo esta última a que visa reconverter a economia informal.

Citado pela agência noticiosa Angop, Pedro Luís da Fonseca salientou existir uma parcela do sector informal cuja tendência natural é o seu desaparecimento, à medida que as crises económicas forem debeladas, o sector produtivo crescer e o Estado se organizar.

Na mesa redonda foram debatidos, entre outros temas, a importância do sector informal nos países da África a sul do Saara, informalidade e mercado de trabalho em Angola, características de informalidade em Angola, qualificação profissional, terciarização e redução da informalidade.

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Macauhub
25/07/2018

Caducidade da autorização concedida à Money Speed – Sociedade de Pagamentos e Remessas, Lda.

O Banco Nacional de Angola vem informar que, decorrido o prazo legal para o início de actividade, previsto no n.º 1 do artigo 108.º da Lei n.º 12/2015, de 17 de Junho – Lei Bases das Instituições Financeiras, caducou a autorização concedida à Money Speed – Sociedade de Pagamentos e Remessas, Lda.
Assim, e dando-se início ao processo de liquidação, as entidades que registam dívidas da Money Speed – Sociedade de Pagamentos e Remessas, Lda., devem, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente comunicado, informar os valores dessas dívidas ao Departamento de Regulação e Organização do Sistema Financeiro do Banco Nacional de Angola.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
BNA
24/07/2018

25.07.2018 – Cotações do dia ( BNA, Banca Comercial, Mercado Informal – Kinguilas – e Private Deals )

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 253,83 (Compra 253,55 Venda 254,10) – Variação (-) 0,04%
EUR 297,13 (Compra 296,76 Venda 297,50) – Variação (+/-) 0%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 256,64 (Compra 254,10 Venda 259,18) – Variação (-) 0,04%
EUR 300,48 (Compra 297,50 Venda 303,45) – Variação (+/-) 0%

2.2 – Venda de Notas
USD 259,18 – Variação (-) 0,04%
EUR 303,45Variação (+/-) 0%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 375,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 445,00 – Variação (+/-) 0%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
USD 425,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 480,00 – Variação (+/-) 0%