Dia: 22 de Agosto, 2018

22.08.2018 – Cotações do dia ( BNA, Banca Comercial, Mercado Informal – Kinguilas – e Private Deals )

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 270,38 (Compra 270,05 Venda 270,70) – Variação (-) 0,81%
EUR 311,73 (Compra 311,34 Venda 312,12) – Variação (+/-) 0%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 273,41 (Compra 270,70 Venda 276,11) – Variação (-) 0,81%
EUR 315,24 (Compra 312,12 Venda 318,36) – Variação (+/-) 0%

2.2 – Venda de Notas
USD 276,11 – Variação (-) 0,81%
EUR 318,36Variação (+/-) 0%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 375,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 430,00 – Variação (+/-) 0%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
USD 425,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 470,00 – Variação (+/-) 0%

Reservas Líquidas angolanas sobem para quase 14 mil milhões de dólares em Julho

As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) aumentaram 3,1% entre junho e julho, para 13.680 milhões de dólares, mas mantêm-se em mínimos desde 2010.
A informação resulta de dados preliminares de julho do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados hoje pela Lusa, sobre as RIL, que no espaço de um mês aumentaram o equivalente a 420 milhões de dólares, depois do corte, em junho, de 1.412 milhões de dólares.
Estas reservas, de moeda estrangeira e que também servem para pagar as importações, garantem as necessidades de cerca de seis meses de importações por Angola e atingiram em maio os 14.398 milhões de dólares, o valor mais alto desde outubro de 2017.
O Governo anunciou na segunda-feira que o plano de assistência que está a ser negociado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) terá uma componente financeira.
Desde as eleições gerais de 23 de agosto, que levaram à chegada ao poder de João Lourenço, eleito terceiro Presidente do país, estas reservas, que se mantêm em mínimos desde 2010, já caíram cerca de 2.500 milhões de dólares, uma quebra de cerca de 16%.
O BNA tem utilizado estas reservas para vender divisas aos bancos comerciais e garantir a importação de alimentos, máquinas e matéria-prima para a indústria, que por sua vez estão a menos de metade do valor contabilizado antes da crise da cotação do petróleo.
No início de 2014, antes dos efeitos da crise provocada pela quebra da cotação do petróleo no mercado internacional, as reservas angolanas ascendiam a 31.154 milhões de dólares.
Angola enfrenta dificuldades financeiras, económicas e cambiais, tendo o BNA aumentado a venda de divisas (euros) à banca comercial angolana, que está sem acesso a dólares face à suspensão das ligações com correspondentes bancários internacionais.
No Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, o Governo recorda que o volume de reservas deveria ter sido, na previsão anterior, de 19.000 milhões de dólares no final de 2017.
Contudo, com a manutenção da taxa de câmbio ao longo de 2017 – sem qualquer desvalorização do kwanza angolano –, as RIL reduziram-se até dezembro último a 14.480 milhões de dólares.
“O número de meses de importação cobertos pelas RIL situa-se agora em 5,49, abaixo dos seis recomendados pelas metas de convergência da SADC [Southern African Development Community]”, alerta o Governo, no OGE aprovado em março.
Entre agosto de 2016 e julho de 2017, o banco central – que atualmente é o único fornecedor de divisas à banca comercial – ainda aumentou a injeção de moeda estrangeira no mercado cambial primário, com vendas diretas aos bancos.
No entanto, a partir das eleições gerais de 23 de agosto, essas vendas por parte do BNA caíram fortemente.
As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.
Estas vendas feitas pelo BNA foram, entretanto, substituídas em 09 de janeiro pelo regime de leilão de preço com os bancos comerciais, que, em paralelo com a introdução do novo modelo de taxa de câmbio flutuante, definida pelo mercado, fez o kwanza depreciar-se já 40% face ao euro.

 

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Lusa
21/08/2018

Angola solicita apoio financeiro ao FMI

O governo angolano solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) o ajustamento do programa de apoio incluindo uma componente de financiamento, segundo anunciou a agência Angop.

O apoio financeiro decorre da necessidade de fazer face à evolução económica mais recente, com vista a facilitar a implementação do Programa de Estabilização Macroeconómica e do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018/2022, de acordo uma nota de imprensa do Ministério das Finanças.

A solicitação do Governo angolano enquadra-se na visita de trabalho a Angola, que a missão do corpo técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI) efectuou de 1 a 14 de Agosto, tendo sido convidado a visitar novamente Angola em Outubro de 2018, a fim de dar início às negociações ao abrigo de um Programa de Financiamento Ampliado (EFF – Extended Fund Facility) de dois anos, e que pode ser estendido em mais um ano.

A nota do Ministério das Finanças refere que durante a visita de trabalho do FMI concluiu-se que as políticas e reformas de estabilização macroeconómica, aplicadas pelo governo angolano, estão adequadas à promoção do crescimento económico e da diversificação da actividade económica, apesar do ambiente adverso.

Durante duas semanas, o Governo angolano e a missão do FMI analisaram a evolução económica recente e as perspectivas económicas e financeiras e abordaram questões ligadas ao programa denominado “Instrumento de Coordenação de Políticas” (Policy Coordination Instrument – PCI).

O PCI é um programa não financeiro, que visa assistência técnica para implementação das medidas contidas nos principais documentos de gestão macroeconómica do País como o Programa de Estabilização Macroeconómica, iniciado em Janeiro de 2018, servindo igualmente para o aumento da credibilidade externa de Angola, com efeitos positivos na captação de Investimento Directo Estrangeiro.

 

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Angop
21/08/2018