Dia: 28 de Agosto, 2018

Volume de depósitos sob reserva do BNA em queda

O volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos sob reserva do Banco Nacional de Angola voltou a cair em julho, a terceira quebra mensal consecutiva.
Segundo dados preliminares do BNA sobre o panorama monetário angolano, compilados pela agência Lusa, estas reservas obrigatórias desceram em julho para 1,083 biliões de kwanzas (3.480 milhões de euros). Trata-se de uma quebra de 1,8% face a junho, mês em que estas reservas já tinham caído cerca de 3%, face ao anterior.
Em causa nestes dados estava a obrigatoriedade de os quase 30 bancos comerciais que operam em Angola constituírem reservas sobre os depósitos à ordem do BNA, que fixou taxas de 15% do total em moeda estrangeira e 30% em moeda nacional. Em maio, o banco central voltou, novamente, a reduzir o coeficiente das Reservas Obrigatórias, em moeda nacional, de 21% para 19%.
Os depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos tinham renovado em abril o valor mais alto do histórico disponibilizado pelo BNA, ao atingirem o pico de 1,170 biliões de kwanzas (3.716 milhões de euros). Em dezembro de 2017, o volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira cifrava-se em 1,090 biliões de kwanzas (5.850 milhões de euros, à taxa de câmbio de 31 de dezembro, anterior à depreciação do kwanza, que já soma 40% desde o início deste ano).
Na denominada “reserva bancária” contavam-se no final de julho de 2018 depósitos obrigatórios em moeda estrangeira no valor de 292.029 milhões de kwanzas (938 milhões de euros) e em moeda nacional de 791.790 milhões de kwanzas (2.543 milhões de euros), estando os restantes em regime de reserva livre.
Angola vive uma grave crise financeira e económica, decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, situação que se reflete ainda na falta de divisas no país, o que dificulta nomeadamente as importações, provocando várias restrições na gestão de moeda estrangeira.

 

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Observador
27/08/2018

Desvalorização do Kwanza “abranda” lucros da Shoprite

O lucro da maior cadeia de supermercados em África, a sul-africana Shoprite, caiu pela primeira vez em 19 anos, influenciado pela forte desvalorização do kwanza, moeda de Angola.
O grupo Shoprite apresentou no exercício de 12 meses, até 01 de Julho deste ano, uma queda de 3,8% nos lucros relativamente ao período homólogo, o primeiro resultado negativo desde 1999.
De acordo com o grupo Shoprite, o declínio precipitado dos preços de venda em Angola – onde opera com mais de 50 lojas -, a inflação e a desvalorização de 50,2% do kwanza face ao dólar norte-americano desde Dezembro de 2017, explicam os resultados.
O grupo Shoprite, recorde-se, está presente em 15 países africanos, sendo Angola o principal mercado do grupo fora da África do Sul.

 

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Jornal Mercado
27/08/2018

Banco de Kundi Paihama não recebe divisas desde que a administração foi suspensa pelo BNA

O Banco Nacional de Angola (BNA) afastou, sem qualquer justificação ou aviso prévio, o Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC) de quatro leilões de divisas, o que pode indiciar um recuo na decisão da não alteração da relação entre o banco e seus clientes, enquanto durar o processo de saneamento, apurou o VALOR, com base nos últimos relatórios de venda de divisas.
Desde 31 de Julho que o banco, controlado maioritariamente pelo general e político Kundi Paihama (com 80,70% do capital), não é contemplado nos leilões, o que põe em causa o acesso a divisas, cuja venda depende da relação comercial e/ou salário domiciliado dos clientes com os bancos.
“O BNA reitera que não se alteram as relações de negócios do BANC com os seus clientes, garantindo, igualmente, a segurança dos depósitos mantidos junto dessa instituição financeira bancária”, garantia o banco central, no documento que sentenciou a suspensão de toda a administração do BANC e que retirou poderes aos membros da assembleia-geral de accionistas.
Assim como o BNA não justifica o afastamento da entidade dos leilões, também não fez sair qualquer documento que, pelo menos, deixe claro até quando pode durar esse processo de veto ao BANC. O supervisor assegura que o ‘mandato’ provisório dura seis meses renováveis.
Se essa medida foi tomada pelo conselho de administração provisório indicado por José Massano, é expectável que isso dure o tempo que esta administração estiver à frente da gestão do BANC. Ou, no mínimo, até que o banco central conclua estar saneada a situação patrimonial e financeira do banco. É o que conclui Francisco Paulo, do Centro de Estudos e de Investigação Científica da Universidade Católica de Angola: “Se o banco central tomou esta medida, é para salvaguardar a estabilidade do sistema bancário nacional. Não quer que mais um banco vá à falência. A função dos bancos não é apenas a venda de divisas. O banco tem de ter alternativas. Se o banco não tem uma boa condição financeira, onde é que vai tirar o contravalor em kwanzas para poder comprar divisas? É mais uma medida de precaução”.
O BANC não participou nos leilões de 30 e 31 de Julho e nos de 13 e 20 Agosto. Segundo a ‘tradição’ dos leilões, e devido à pressão sobre as divisas, nunca se assistiu à exclusão de um banco em quatro vendas consecutivas. Só as casas de câmbio passam por este cenário.
O leilão de 16 a 17 de Julho foi o último em que o BANC viu moeda estrangeira, ao comprar 288.174 euros (o segundo montante mais baixo do leilão), numa sessão em que o banco central colocou à disposição do mercado mais de 222,7 milhões de euros.
Clientes à deriva
Contactado pelo VALOR, o banco central diz que “o trabalho está em curso” e que “mais informação serão dadas no fim da intervenção”. Já Francisco Paulo considera que o banco central não está a actuar por “capricho” ou por “não gostar do BANC”. O académico entende que devem estar salvaguardados os interesses dos clientes, lembrando que estes não dependem só de um banco para comprar divisas. “Qual é o número de clientes que o banco tem? Duvido que o BANC tenha um milhão de clientes. Qual é o peso do BANC no sistema bancário nacional? Creio que o BNA levou isso em consideração. E sabe que, no país, normalmente, as pessoas não têm um único banco. É obvio que o BNA vai zelar pelo interesse dos clientes. Vai criar medidas para ajudá-los”, defende.
Até sexta-feira, não estavam disponíveis as contas do BANC. Os últimos dados consolidados da entidade reportam a 2016 e revelam prejuízos de 1,7 mil milhões de kwanzas. O BNA entende que as medidas de saneamento ao BANC “visam a reposição dos termos de sustentabilidade financeira e operacional do banco, harmonizando-as com as normas vigentes para o exercício da actividade comercial bancária no país”, conforme uma nota emitida pelo conselho de administração do banco central, disponível no seu website.

 

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VE
27/08/2018

Banco Angolano de Investimentos entre os maiores bancos de África

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) consta entre os mil maiores bancos do mundo e é o 20º na lista dos 25 maiores bancos de África, de acordo com a revista britânica The Banker.

Segundo a publicação britânica a posição, que o BAI ocupa na lista dos maiores bancos de África deve-se ao seu perfil de elevada liquidez com as suas disponibilidades e aplicações de liquidez a representarem 33% do total do activo e de elevada solvabilidade tendo o seu rácio de solvabilidade regulamentar atingido os 19%, acima do mínimo de 10% exigido pelo Banco Nacional de angola (BNA).

A lista assinala os aumentos dos lucros dos bancos da região da África Subsariana, comparativamente ao ano anterior, impulsionado pela recuperação global da economia da região, sendo que os bancos angolanos contribuíram com o crescimento dos lucros na ordem dos 22%.

No ano transacto, o BAI atingiu um resultado líquido de 55 mil milhões de kwanzas, representando um aumento de 11% face ao registado no exercício anterior, resultados que reflectem a manutenção de líder em termos de depósitos.

A publicação que avalia o desenvolvimento e crescimento da banca mundialmente indicadores como os activos, rácios de solvência e liquidez e os benefícios antes dos impostos como critérios para a definição do ranking dos melhores bancos do mundo.

O BAI encontra-se presente em todo o território de Angola, com mais de 142 pontos de atendimento, entre agências e centros de atendimento de empresas, contando com cerca de dois mil funcionários.

O Banco está ainda presente em Portugal e Cabo-Verde, através de filiais integralmente detidas por si, tendo ainda uma participação minoritária no Banco Internacional de São Tomé e Príncipe.

 

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Macauhub
28/08/2018

28.08.2018 – Cotações do dia ( BNA, Banca Comercial, Mercado Informal – Kinguilas – e Private Deals )

1 – BNA
Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola
USD 272,38 (Compra 272,05 Venda 272,71) – Variação (-) 0,56%
EUR 317,67 (Compra 317,27 Venda 318,06) – Variação (+/-) 0%

2 – BANCA COMERCIAL
Taxas dos Bancos Comerciais em Angola
2.1 – Divisas
USD 275,44 (Compra 272,71 Venda 278,17) – Variação (-) 0,54%
EUR 321,25 (Compra 318,06 Venda 324,43) – Variação (+/-) 0%

2.2 – Venda de Notas
USD 278,17 – Variação (-) 0,54%
EUR 324,43 – Variação (+/-) 0%

3 – KINGUILAS – Compra e Venda de Notas
Taxa média aplicada pelo Mercado de Rua em Angola
USD 375,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 430,00 – Variação (-) 1,15%

4 – PRIVATE DEALS – Compra e Venda de Divisas Bancárias
Taxas médias aplicadas através de negociação entre particulares
USD 425,00 – Variação (+/-) 0%
EUR 470,00 – Variação (+/-) 0%