Dia: 30 de Agosto, 2018

Kwanza deprecia outra vez !!! – depreciação de 73,73%, em relação ao Euro, desde o inicio do ano!

Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola a 29 de Dezembro de 2017
USD 165,93 (Compra 165,10 Venda 166,75)
EUR 185,40 (Compra 184,50 Venda 186,30)

Taxas oficiais do Banco Nacional de Angola à data de hoje, 30 de Agosto de 2018
USD 276,22 (Compra 275,87 Venda 276,56) – Variação (+) 66,47%
EUR 322,10 (Compra 321,75 Venda 322,44) – Variação (+) 73,73%

Assistência do FMI apoiará reformas em Angola – Moody’s

O apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Angola, no quadro do programa de assistência solicitada pelo Governo angolano, permitirá, a concretizar-se, reforçar as reformas no país, considerou a agência de notação Moody’s.
Para a agência norte-americana, o acesso de Angola a um programa Extended Fund Facility (EFF), em negociação com o FMI, reforçaria a situação angolana, em termos fiscais e externos, “enquanto o Governo do Presidente João Lourenço prossegue com as suas ambiciosas políticas económicas e a agenda de reformas estruturais para restaurar a estabilidade macroeconómica”, sublinhou a Moody’s.
A agência ressalvou que o pedido angolano de assistência ao FMI – que poderá chegar aos 4.500 milhões de dólares – demonstra “as necessidades urgentes de Angola” e “reflete os desafios atuais do Governo, após a deterioração significativa do balanço nos últimos três anos.
Apesar de o preço do crude “ter subido para valor superior a 70 dólares (59,78 euros) por barril”, face aos 46 dólares (39,28 euros) de junho de 2017, a Moody’s frisou que “o orçamento do Governo de Angola continua sob pressão e o crescimento é anémico”.
A Moody’s vincou que “espera um crescimento de 2% neste ano” em Angola, um registo inferior às previsões do Governo de João Lourenço, que apontam para 4,9%, entretanto revistas em baixa, para 2,2%.
“A dívida pública deverá ultrapassar 70% do Produto Interno Bruto (PIB), o défice fiscal poderá atingir 2,0% do PIB nominal e os pagamentos de juros deverão permanecer acima de 20% da receita em 2018”, previu a agência norte-americana.
A Moody’s perspetiva que as negociações do programa de assistência do FMI a Angola possam “iniciarem-se em outubro”.
Segundo o ministro das Finanças, Archer Mangueira, caso Angola chegue a uma conclusão com a instituição de Bretton Woods, o montante financeiro será disponibilizado em três tranches de 1.500 milhões de dólares (1.300 milhões de euros) por ano, com vista à execução do Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM) definido pelo Governo.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Jornal Mercado
29/08/2018

Malparado do Estado no BPC foi o que mais cresceu em 2017

O Estado foi o cliente do BPC em que mais cresceu o crédito vencido em 2017, apesar de o sector privado se ter mantido como o que mais deve, indica o Relatório e Contas do banco público, divulgado no site da instituição.

Segundo o documento, em 2017, o crédito vencido do Estado ao banco que ele próprio gere e controla aumentou mais de cinco vezes face a 2016, atingindo 58,6 mil milhões Kz. O sector público absorveu cerca de 60,4 mil milhões Kz em crédito do BPC em 2017, mais 17,9% que em 2016.

O sector privado, de longe o maior cliente de crédito do banco (1,1 biliões Kz, em 2017, mais 11,4% face a 2016), foi também aquele onde o volume de crédito vencido era mais alto (881,6 mil milhões Kz, mais 25,3% face a 2016). Já os particulares, com créditos de 132,9 mil milhões Kz menos 25,5% do que em 2016, foram os ‘melhores clientes’, ou ‘menos maus’, no que diz respeito a crédito vencido, tendo em conta que, neste caso, diminuiu. No final de 2017, os seus ‘calotes’ eram de 72 mil milhões Kz, menos 14,5% face a 2016.

O crédito vencido, ou malparado, é um dos problemas mais graves ou mesmo o mais grave da instituição gerida desde o ano passado por Alcides Safeca. E, de ano para ano, a situação parece não melhorar, a avaliar pelos indicadores do documento. Contas feitas, no caso das empresas, ‘culpadas’ por 92,9% do malparado em 2017, o rácio de incumprimento foi de 80,7% (tinha sido de 68,5% em 2016). Em relação aos particulares, o rácio de crédito vencido situou-se em 54,2%, contra 47,2% em Dezembro de 2016. O incumprimento nos pagamentos de créditos por parte dos clientes do banco estatal voltou a ser, em 2017, o principal responsável pelos prejuízos da instituição, que se agravaram face a 2016. O BPC perdeu 73,1 biliões Kz, que comparam com cerca de 21,6 biliões Kz em 2016, devido, essencialmente, ao “reforço das imparidades de crédito, custo com captações de liquidez junto do Banco Nacional de Angola, mercado monetário interbancário e do saneamento da carteira de crédito”, refere o documento. Por outras palavras, o BPC foi prejudicado por causa dos clientes que não pagam o que devem, e por absorver títulos do Tesouro ajudando assim o Estado e ceder liquidez a outras instituições do sistema financeiro.

A situação, alertam os auditores externos, no parecer anexo ao Relatório e Contas, é de elevada precariedade. No parecer, assinado por uma empresa de auditoria angolana, lê-se que, apesar dos reforços das imparidades para crédito vencido em 2016 e 2017 e apesar dos esforços de gestão do conselho de administração do banco, a “imparidade é insuficiente para fazer face aos riscos a que se destina e às respectivas perdas estimadas, num montante que não nos é possível quantificar”. Ou seja: o dinheiro ‘guardado para enfrentar perdas não chega… até porque não é possível estimar com precisão as perdas potenciais.

Os auditores alertam ainda que o banco “não efectua uma inventariação dos seus bens” nem revela de forma autónoma as demonstrações financeiras das suas participadas. Também o conselho fiscal deixa avisos à navegação, destacando, por exemplo, que o facto de o accionista Estado estar a acorrer ao aumento de capital do banco (90 mil milhões Kz, ainda não totalmente subscrito) “através da emissão de obrigações do Tesouro em moeda nacional não indexadas, remuneradas a uma taxa de juro fixa de 5% e com maturidade de 24 anos, registadas no momento inicial pelo seu valor nominal” vai provocar problemas de liquidez.

“A longa maturidade destes títulos (…) vai provocar um significativo impacto negativo nos Fundos Próprios Regulamentares do Banco e nos Resultados devido ao reconhecimento do respectivo justo valor nos anos subsequentes e não constitui solução para a grave falta de liquidez do banco”.

 

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Jornal Mercado
29/08/2018

BNA apresenta o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) aos Bancos Comerciais

O Vice-Governador do Banco Nacional de Angola, Rui Miguêns de Oliveira orientou esta terça-feira, 28 de Agosto, o encontro entre o Banco Central e membros dos Conselhos de Administração dos bancos comerciais para apresentação do Regulamento do Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), documento aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 195/18, de 22 de Agosto.

O encontro que teve lugar no auditório do Museu da Moeda, serviu para esclarecer os gestores bancários sobre a operacionalização deste instrumento vital para a consolidação do sistema financeiro, tendo na ocasião, o Administrador Pedro Castro e Silva, referido que os depósitos até ao limite de 12,5 milhões de Kwanzas passarão a estar protegidos pelo FGD.
De acordo com o Administrador, durante a sessão de perguntas, o Fundo surge como garantia para os pequenos depositantes, estabelecendo critérios de exclusão para outras entidades conforme disposto no referido decreto presidencial.
Pedro Castro e Silva fez saber ainda, que a comissão directiva do Fundo de Garantia de Depósitos será encabeçada por três membros, sendo o presidente indicado ao Banco Nacional de Angola, e as outras duas entidades indicadas pelo Ministério das Finanças e Associação Angolana de Bancos (ABANC), respectivamente.
Um novo encontro entre o BNA e técnicos das Instituições Financeiras Bancárias está agendado para sexta-feira, 31 de Agosto, no Museu da Moeda.

 

Publicação da autoria de Fonte Externa:
BNA
29/08/2018

Venda de divisas (Leilão N.º 38) – 29 de Agosto de 2018

O Banco Nacional de Angola efectuou hoje, dia 29 de Agosto de 2018, uma sessão de venda de divisas em leilão aos bancos comerciais, tendo colocado no mercado primário o montante de USD 30 milhões para a cobertura de operações gerais, excluindo adiantamentos a favor de tradings, offshores e sociedades unipessoais.

Desta sessão foi apurada a taxa de câmbio média ponderada de Kz 276,562 por USD, passando a vigorar a tabela de câmbios que se anexa.

Contribuíram para o apuramento da taxa de câmbio de referência 7 bancos, tendo a taxa mais alta sido de Kz 277,046 e a mais baixa de Kz 275,925 por USD. Em função das regras para organização dos leilões, o montante colocado foi arrecadado como se segue:

LEILÃO DE DIVISAS Nº 38, DE 29-08-2018

BCI

6.750.000,00

BE

6.500.000,00

BIC

6.187.500,00

ATL

5.662.500,00

BCS

3.750.000,00

BVB

650.000,00

BOCLB

500.000,00

TOTAL

30.000.000,00

Informação Financeira Semanal – Taxas de Juro, Inflação, LUIBOR, BTs e OTs (30/08/2018)

1 – Taxas de Juro

Taxa Básica do BNA: 16,5%

Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez: 0%

Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez – Overnight: 0%

Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez – 7 Dias: 0%

BT – 91 dias: 16,15%

BT – 182 dias: 20,25%

BT – 364 dias: 23,90%

OT-TX – 2 anos: 7,00%

OT-TX – 3 anos: 7,25%

OT-TX – 4 anos: 7,50%

OT-TX – 5 anos: 7,75%

2 – Taxas de Inflação

Dados referentes ao mês de Julho de 2018

Inflação Mensal: 1,25%

Inflação Acumulada: 9,55%

Inflação Homóloga: 19,01%

3 – LUIBOR

Overnight: 16,50%

1 Mês: 16,06%

3 Meses: 16,77%

6 Meses: 17,63%

9 Meses: 18,16%

12 Meses: 18,47%