O programa de privatização integral e parcial de 74 empresas públicas, a ser aprovado pelo Executivo angolano, por via da Bolsa de Dívida de Valores de Angola (BODIVA), poderá impulsionar o surgimento de mercado de acções corporativas, considerou esta sexta-feira, em Luanda, o presidente da Comissão de Mercados de Capitais (CMC), Mário Gavião.
O responsável, que falava à imprensa, à margem da 41ª Reunião Bianual do Comité de Seguros, Valores Mobiliários e Instituições Financeiras Não-Bancárias da África-Austral (CISNA), advogou a necessidade da aprovação efectiva deste programa, para que as empresas que reúnam requisitos de admissão no mercado de bolsa possam concretizar os seus objectivos.
De acordo com Mário Gavião, é importante que Angola tenha um mercado de títulos e secundário que funcione em pleno, porque a partir deste se estabelecerá a curva de referência, para o surgimento de outros mercados de acções e dívida corporativa.
Apontou a auditoria das contas, bem como a estrutura de governance virada para a transparência e que sigam as melhores práticas, como os principais requisitos necessários para admissão das empresas na Bolsa.
A Comissão de Mercados de Capitais (CMC), no quadro das privatizações de empresas e outros desafios, fez sair regulamentos dos emitentes de valores mobiliários, das ofertas públicas, enquanto que a BODIVA publicou um conjunto de normas que estabelecem os requisitos para a negociação no mercado.
“As condições estão criadas para as empresas, tão logo preencham os requisitos de admissão na Bolsa, podem ter o espaço para irem ao mercado e abrirem o seu capital”, referiu.
De Janeiro a Setembro deste ano, foram transaccionados na BODIVA 598 mil milhões, 820 milhões, 674 mil e 344 kwanzas, registando um aumento na ordem de 63,18% em comparação com o período homólogo de 2017.
Neste período, a Bolsa efectuou 746 negociações em Bilhetes de Tesouro (BT) e em Obrigações de Tesouro (OT).
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Angop
13/10/2018