A produção agrícola nacional de está a ganhar peso nas principais cadeias de retalho, apurou o Mercado numa ronda junto das insígnias mais relevantes no País, e nalguns casos 100% dos frescos nos supermercados já são produzidos em Angola.
A tendência tem sido de aumento em quantidade e qualidade, asseguram os operadores. O Candando, por exemplo, conta actualmente com 80 produtores da Huíla, Benguela, Luanda, Malanje, Bengo, Uíge, Cuanza Sul, Cuanza Norte e Zaire, que garantem cerca de 75% da oferta de frutas e legumes comercializados. Segundo fonte oficial da empresa, no talho “mais de 50% da carne de bovino fresca e 100% das carnes de aves e porco frescas são nacionais”.
Em relação ao peixe e marisco frescos, cerca de 95% “são adquiridos diariamente nas praias do Ambriz e Porto Amboim”, avança a mesma fonte.
No último ano, o Candando aumentou o volume de produtos nacionais na sua oferta em 85%, sendo notória “uma evolução positiva na qualidade dos produtos, imagem e tecnologia”. Também na Shoprite os produtos angolanos estão a ganhar terreno face aos importados, diz o trading manager da marca sul africana. “A oferta de legumes é 80% nacional e tem vindo a subir”, diz Eduardo Cussendala.
Já nas frutas, a percentagem de produtos nacionais é substancialmente mais baixa – cerca de 20%, incluindo banana, maracujá, ananás, mamão e manga – “devido ao clima”, explica o responsável. Os ovos são 100% angolanos e há já alguma oferta de carne bovina do Lubango, diz o trading manager, que avança que, pela primeira vez, a empresa está a conseguir vender batata e cebola nacionais a preços inferiores aos que praticava nos importados.
Crise baixou preços “Tem havido pressão sobre o mercado por causa da situação económica, o que levou produtores e comerciantes a sacrificarem margens”, explica, revelando que a Shoprite conta com cerca de 120 produtores nacionais.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
19/10/2018