A Economist Intelligence Unit (EIU) elogiou o processo de privatizações em Angola e alertou para a “aumento” sobre as ligações entre os destinatários das vendas das empresas e o poder.
Na análise sobre o processo de privatizações em Angola, que abrange dezenas de empresas públicas em diferentes estádios de abertura ao sector privado, a unidade de análise económica da revista britânica ‘The Economist’ alerta para a necessidade do processo ser bem gerido, sob pena de afastar os potenciais interessados.
“É importante que quaisquer vendas sejam bem geridas, entregando o melhor valor, e que as transferências sejam transparentes para evitar enriquecimentos ilícitos de uma elite bem relacionada politicamente”, escrevem os analistas sobre as privatizações esperadas, totais ou parciais, de empresas como a petrolífera Sonangol, a transportadora aérea TAAG ou a Angola Telecom.
“Vender empresas ou activos nacionais vai ajudar a obter o tão necessário financiamento para o Governo cortar os custos dos salários e reduzir as vulnerabilidades”, e deve também “ajudar o mercado, aumentando a concorrência e melhorando os padrões dos serviços, mas coloca um risco de aumento da instabilidade laboral se as reestruturações afectaram empregos e benefícios”, alerta-se na análise ao programa de privatizações angolano.
A EIU nota que a actividade dos sindicatos, desde que João Lourenço ganhou o poder, “aumentou consideravelmente face ao tempo de José Eduardo dos Santos”.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
23/10/2018