Depois de Pedro Pinto Coelho e António Coutinho, segue-se Nuno Teles na gestão do banco. Novo CEO está no cargo há um mês. E herda banco com lucros de 17.028,3 milhões de kwanzas e activos a valerem 317.824,3 milhões. VALOR sabe que BNA ainda não validou nomeação.
Uma alteração aos órgãos sociais do Standard Bank Angola (SBA) elevou Nuno Fialho Teles do posto de administrador executivo para presidente da comissão executiva, cargo que desempenha há um mês.
Com a promoção de Nuno Teles a CEO, acontece a terceira mexida na gestão de alto nível da filial do sul-africano Standard Bank Group, depois de já terem passado, no comando da instituição, Pedro Pinto Coelho e António Caroto Coutinho.
No entanto, a nomeação de Nuno Teles ainda não foi validada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), órgão que certifica, através de documentos e cartas dos accionistas, a idoneidade e experiência profissional dos membros da administração das instituições financeiras bancária e não-bancárias.
Até à tarde da última quinta-feira, nem mesmo o SBA tinha alterado a ordem dos cargos na composição dos órgãos sociais, sendo que ainda mantinha António Coutinho como CEO e Nuno Teles na pasta de administrador executivo, ao lado de Ivo Manuel Neto de São Vicente.
Apesar disso, o novo gestor já se apresentou, na semana passada, à margem do ‘workshop’ de negócio Angola-China, nas vestes de CEO, cabendo ao próprio a mensagem de boas-vindas do certame que juntou vários empresários chineses e executivos do maior banco do mundo, o Banco Industrial e Comercial da China Ltd (ICBC). No entanto, esscusou-se a comentar sobre a alteração no ‘board’ e das políticas e desafios que pretende imprimir na nova função.
O gestor herda um banco que fechou 2017 com o balanço a registar saldo positivo, muito por conta dos resultados líquidos que terminaram, acima dos 17 mil milhões de kwanzas.
Este montante representou um avanço de 116% face às margens de igual período anterior, em que o banco registou ganhos de sete mil milhões de kwanzas. Desde que abriu portas no país, em 2010, é o maior resultado de sempre.
De acordo com o resumo das contas de 2017, foi o crescimento de 73% das margens financeiras e a evolução em 53% do produto bancário que ajudaram no avanço dos ganhos, além da “capacidade de manutenção e crescimento do nível de depósitos durante grande parte do ano”.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Valor Económico
22/10/2018