Mais de 128 mil contribuintes fogem ao fisco

Cento e vinte e oito mil e 764 empresas, de um universo de 4,7 milhões de contribuintes controlados nas 18 províncias do país, constam da lista de incumpridores de pagamento de impostos à Administração Geral Tributária (AGT).

Deste número de devedores,  de acordo com uma  fonte,  apenas 3%, correspondente a um total de 408,  estão representadas por  empresas  do grupo “Grandes  Contribuintes” e  os restantes  em  outros  grupos, como B e C.

O  presidente do Conselho de  Administração  da  AGT,   Sílvio  Burity,  manifestou, recentemente,  em Luanda,  a sua preocupação com  o  crescente  número  de contribuintes inadimplentes, quanto a suas  obrigações  tributárias, sem  avançar dados comparativos.

Falando  no III  Encontro Metodológico dos Grandes Contribuintes referiu, que  tal  facto  tem  estado  na  base, infelizmente, do desencadeamento de  competentes processos  de  execução  fiscal e de  transgressões  tributárias,  levando à aplicação  das  penhoras ( artigo  nº65  e seguintes  do Código  de Execuções  fiscais) e outras  medidas, igualmente, previstas  na  legislação em vigor.

Na  província  do  Cunene, a  título de  exemplo,  13 empresas de diferentes ramos de actividades, encontram-se, desde o inicio do  mês  em curso, com as suas contas penhoradas, devido ao incumprimento do pagamento de impostos.

Em declarações à imprensa, o chefe do Departamento dos Serviços Fiscais da Administração Geral Tributária daquela  região,  João Jorge Bernardo, referiu que a penhora resulta de uma divida acumulada de dois mil milhões de kwanzas, que vai variando em função das várias notificações.

Disse que das empresas em causa, algumas delas têm dívidas que vão desde 2013 a 2017 e foram advertidas várias vezes sobre o incumprimento do pagamento dos impostos sob pena de serem cobradas coercivamente, mediante a penhora de contas bancárias ou outros bens dos contribuintes faltosos.

O técnico  tributário esclareceu que o processo de penhora das empresas está enquadrado nas actividades normais da AGT e que mediante as suas acções de fiscalização foram encontradas várias irregularidades, sobretudo da falta do pagamento do Imposto Predial Urbano, Sisa, de consumo, Selo, Industrial, entre outros.

As  receitas fiscais  não petrolíferas cifraram-se   no  valor de 898 mil milhões de kwanzas no primeiro semestre deste ano, representando um aumento de 18 por cento em relação ao período homólogo de 2017.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
25/10/2018

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