Postos de combustíveis vão aumentar 16%

O número de postos de abastecimento de combustíveis no país crescerá 16 por cento, no quinquênio 2018-2022, ao passar dos actuais mil e 132 pontos de atendimento para mil 313 bombas em todo território nacional.

A informação foi avançada hoje pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, num encontro informal denominado “Matabicho com os jornalistas”, que visou falar sobre as principais estratégias do sector para os próximos anos.

Para a implementação do projecto, segundo o ministro, será necessário fazer o mapeamento das áreas a beneficiar e a definição do tipo de postos de abastecimentos de combustíveis a serem construídos.

A par disso, reiterou que a refinaria de Cabinda, cuja construção está prevista também para o quinquénio 2017/2022, terá uma capacidade para processar 50 mil barris de petróleo/dia.

A unidade de processamento terá uma participação essencialmente de empresas privadas e uma pequena parte do Estado angolano, ao contrário da refinaria do Lobito em que o Estado conta com mais ou menos 50 por cento das acções.

Em relação à refinaria do Lobito, que poderá processar 200 mil barris de petróleo/dia, disse que foi concebida visando o desenvolvimento da indústria petroquímica – produção dos mais diversos derivados do petróleo, com foco voltado também para a exportação.

Sobre o concurso de selecção das empresas para construir as refinarias, disse que foram seleccionadas sete de um universo de 100 propostas de refinarias.

Referindo-se à Sonangol, Diamantino Azevedo disse que o Ministério das Finanças vai privatizar 54 empresas subsidiárias da companhia, que não fazem parte do “core business”, principal negócio da petrolífera angolana.

Nessa altura, a Sonangol tem cerca de 29 empresas na Zona Económica Especial (ZEE) e outros tantos negócios dentro e fora do país. Alguns dos quais apenas trazem prejuízos à empresa.

Além desse passo de privatização das subsidiárias, é também pretensão do sector dos Recursos Minerais e Petróleos a venda de parte do capital da petrolífera a privados.

Essas iniciativas de privatização, segundo Diamantino Azevedo, estão inseridas num Plano de regeneração da petrolífera angolana que está a em fase de conclusão.

Quanto a novas descobertas petrolíferas, existe uma estratégia para licitação, em 2019, de novos blocos, cujos resultados poderão apenas ser visíveis dentro de um período de até sete anos.

Vão ser concedidas também licenças para prospecção de petróleo em terra (onshore) e mar (ffshore).

No onshore, serão realizadas prospecções nas Bacia do Congo, Namibe e Cunene.

A respeito do ouro, duas empresas de exploração entram em actividade em 2019, mas já existem concessões na província da Huíla e de Cabinda.

Dos projectos, o sector de Recursos Minerais e Petróleos prevê a criação de mais uma fábrica de lapidação de diamantes na província da Lunda Sul, construção de um oleoduto que liga Lobito à República da Zâmbia.

Também quer o aumento do conteúdo local no processo de produção do crude, com a inserção de mais empresas angolanas na produção de componentes para plataformas que exploram petróleo em Angola.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Angop
26/10/2018

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