Denúncias apertam o cerco aos crimes de colarinho branco

A criação de canais de denúncia nas empresas públicas e privadas, que garantam o anonimato, e de sistemas de controlo interno, são a melhor forma de evitar as fraudes e crimes de colarinho branco. As detenções de altos dirigentes são o sinal do novo rumo no combate aos crimes económicos, que registaram um aumento.

Os crimes económicos estão a aumentar em Angola, reconheceu o director-geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Eugénio Pedro Alexandre, na 1.ª Conferência Internacional sobre Fraudes e Delitos Económicos em Angola, enumerando a corrupção, peculato, branqueamento de capitais, burla por defraudação e a fraude financeira e fiscal como os mais frequentes.

As recentes detenções de gestores públicos são a face mais visível do aumento dos crimes de colarinho branco no País, como admitiu Eugénio Pedro Alexandre no evento organizado pelaWorld Compliance Association – Capítulo Angola, em parceria com o Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais.

Mas são também consequência de uma nova era na justiça, como se depreende pelas palavras do representante da Procuradoria-Geral da República, ao responder a à pergunta da assistência: “Porque é que só agora há uma onda de detenções?”
“Não vou responder. Cada um tira as suas conclusões. São novos momentos”, disse António Binza Kilobo, desencadeando um burburinho maior na sala do que aquele que a pergunta gerou. (…)

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Expansão
29/10/2018

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