O Estado precisa endividar-se em 3,929 biliões de kwanzas em 2019, equivalente a 34,6% das receitas do Orçamento Geral do Estado (OGE), segundo a proposta que o Governo entregou na Assembleia Nacional na quarta-feira última.
A informação consta conta do relatório de fundamentação da proposta de OGE para 2019 e contrasta com as necessidades de financiamento (interno e externo) que o Governo inscreveu no Orçamento em vigor este ano, prevendo então endividar-se em mais de 4,780 biliões de kwanzas, o equivalente a 49,4% de todas as necessidades de financiamento.
Para 2019, o Governo estima financiar-se internamente em 1,934 biliões de kwanzas e no exterior em 1,995 biliões de kwanzas.
No relatório de fundamentação da proposta de OGE, o Governo angolano refere igualmente que a partir do ano 2019, a implementação das reformas económicas definidas por Angola no Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM) “contará com o apoio financeiro e técnico” do Fundo Monetário Internacional (FMI), através de um Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility — EFF), que se encontra em negociação com aquele organismo.
“O OGE 2019 está feito com base em medidas que, embora ainda não formalmente aprovadas pelo conselho de administração do FMI, foram já aceites por ambas as partes durante as negociações em curso”, lê-se no relatório de fundamentação.
Uma missão do FMI esteve já em Luanda, no final de Setembro, para negociar com o Governo o programa de financiamento a três anos, de até 4.500 milhões de dólares.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Lusa
05/11/2018