BPC reinicia venda de divisas a clientes

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) reiniciou, este mês, o processo de venda de divisas a empresas e particulares, através de cartões VISA e transferências bancárias, para clientes com conta no exterior.

Processo de reestruturação do banco público levou ao encerramento de alguns balcões.

A informação foi prestada ontem pelo presidente do Conselho de Administração do BPC, Alcides Safeca, num encontro em Luanda com a classe empresarial, onde anunciou os produtos da linha de crédito do Banco Africano de Desenvolvimento, avaliada em 300 milhões de dólares (98,5 mil milhões de kwanzas).

O reinício da concessão do crédito salário, segundo Alcides Safeca, “está a ser feito de forma faseada” e cautelosa pelo que, numa primeira fase, estão a ser priorizados funcionários das instituições públicas e privadas que estabeleceram protocolos com o banco nesse sentido.

Em relação ao crédito às empresas, disse, o financiamento é assegurado por uma linha de crédito do Banco Africano de Desenvolvimento de 120 milhões de dólares, o equivalente a 37 mil milhões de kwanzas, destinada a financiar projectos de pequenas e médias empresas e mulheres empreendedoras que pretendem diversificar e expandir os seus negócios nas áreas da agricultura, pescas, indústria, energia e águas.

Segundo o presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito, o financiamento vai ser disponibilizado apenas àquelas empresas, que exerçam actividade no mercado nacional há algum tempo, sem incumprimentos com os bancos ou com o Estado e que tenham comprometimento com o meio ambiente.

Os empréstimos, explicou Alcides Safeca, podem ir até cinco milhões de dólares, com prazos de reembolso que vão de dois a oito anos e com um período de graça que pode ir até 12 meses. As empresas interessadas, prosseguiu o presidente do Conselho de Administração do BP , deverão remeter os processos aos centros empresariais localizados nas províncias de Luanda, Moxico, Cuanza-Sul, Huambo e Huíla.

O presidente do Conselho de Administração do BPC advertiu que o BPC vai usar critérios de rigor na concessão de crédito, impondo a apresentação de garantias para acesso aos empréstimos. “Não será como antes, em que os tomadores de crédito não apresentavam nenhuma garantia e, como resultado, temos hoje níveis altos de crédito mal parado”, disse Alcides Safeca.

À margem do encontro com a classe empresarial, o BPC realizou uma mini exposição, onde apresentou aos clientes os seus novos produtos de investimentos através da aplicação a prazo, nomeadamente, “depósito a prazo”, “prémio extra”, e “depósito a prazo indexado” com taxas de juro competitivas, prémios associados e protecção do capital às alterações cambiais.

No quadro do seu Programa de Modernização dos Sistemas de Informação (PMSI), o BPC apresentou no certame as mais variadas soluções digitais que o banco oferece hoje aos seus clientes.

Reestruturação

O BPC, vem de um processo de recapitalização e reestruturação, aprovado pelo Executivo a 9 de Março do ano passado, que o levou a tomar, entre outras medidas, o encerramento de alguns balcões.

O Plano de Recapitalização e Reestruturação do BPC, sob responsabilidade do Ministério das Finanças, em representação do Estado, enquanto accionista maioritário, previa a injecção no banco público de 67.500 milhões de kwanzas.

São accionistas do BPC o Estado angolano, representado pelo Ministério das Finanças, o Instituto Nacional de Segurança Social e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Jornal de Angola
09/11/2018

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