A Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) espera que durante a presidência cabo-verdiana da organização seja ultrapassada a questão da mobilidade, disse Jorge Spencer Lima, vice-presidente cessante.
“Temos dito sempre que sem mobilidade não há comunidade, sem mobilidade não há negócios e sem negócios a CPLP é um saco vazio, um saco oco, na medida em que nenhuma parte do mundo se construiu uma comunidade de políticos. Política é um elemento fundamental desse processo, mas sozinho não existe”, disse Jorge Spencer Lima, que foi designado novo presidente de honra da CE-CPLP.
“Sem a mobilidade, se os empresários não conseguem andar de um lado para o outro, se não conseguem encontrar-se para discutir, para fazer negócios, vamos continuar a falar de algo que na prática não tem substância”, acrescentou o também presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento, citado pela agência noticiosa Inforpress.
Essa mesma posição foi defendida pelo presidente cessante, o moçambicano Salimo Adbdula, adiantando que há uma grande expectativa dos empresários da CPLP na questão da mobilidade.
Ambos aproveitaram a presença do ministro do Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, que presidiu à abertura da Assembleia-geral, para pedir o apoio nessa luta, no sentido de conseguirem dar um passo importante na questão da mobilidade de bens e pessoas e mesmo de capitais.
Fernando Elísio Freire recordou que Cabo Verde já tem acordos de isenção de visto com alguns países do espaço CPLP, nomeadamente Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique e com a Guiné-Bissau através da CEDEAO, tendo reiterado que o “grande objectivo” da presidência cabo-verdiana da CPLP é fazer com que haja livre circulação dos cidadãos no espaço comum.
A CE-CPLP esteve reunida terça-feira na Praia em assembleia-geral, no decurso da qual Cabo Verde assumiu o mandato da organização para o período 2018/2022.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
14/11/2018