Crise em Angola leva à quebra no consumo de cimento

O consumo de cimento em Angola situava-se no final de Outubro em 26% da produção, devido à paralisação de muitas obras de construção civil e à escassez de divisas, disse presidente da Associação da Indústria Cimenteira de Angola (AICA).

Manuel Pacavira, que prestava declarações à agência noticiosa Angop, disse ainda duvidar que o consumo de cimento no país consiga atingir 30% da produção até ao final do ano.

Com uma capacidade instalada de 6,5 milhões de toneladas de clínquer e 8,64 milhões de toneladas de cimento/ano, o consumo de cimento registado em 2017 cifrou-se em 2,63 milhões de toneladas.

Dados estatísticos divulgados na 3.ª edição da Feira da Indústria (Expo-Indústria) e Projekta- Feira da Construção Civil indicam que em 2014 foram produzidos 4,91 milhões de toneladas de cimento, número que aumentou para 5,19 milhões de toneladas em 2015 e que caiu para 3,87 milhões de toneladas em 2016.

O presidente da AICA disse que as empresas encontram-se numa situação muito complicada, nomeadamente em termos financeiros, tendo em conta os elevados custos operacionais e os decorrentes da manutenção dos postos de trabalho.

As cimenteiras CIF e Nova Cimangola (Luanda), FCKS (Cuanza Sul), Cimenfort (Benguela) e Secil Lobito continuam a laborar, mas com limitações por falta de mercado, adiantou Manuel Pacavira.

A CIF, Cimangola e FCKS são fábricas integrais de produção de clínquer e de cimento, enquanto a Cimenfort e a Secil Lobito dedicam-se à moagem do clínquer, gesso e outros aditivos para produção de cimento.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
15/11/2018

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