Se dúvidas houvesse, hoje ficaram definitivamente encerradas. Por duas vezes, o primeiro-ministro António Costa enunciou publicamente o apoio das autoridades portuguesas ao “combate anti-corrupção” que o presidente angolano João Lourenço elegeu como uma das grandes prioridades da sua presidência.
António Costa fê-lo tendo a seu lado o presidente, angolano, numa conferência de imprensa conjunta no Palácio da Bolsa, no Porto. E reforçou a ideia dizendo que esta não é apenas uma posição do Governo português, é também do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. “Em matéria de política externa, Governo e Presidente da República pensam sempre exatamente a mesma coisa.”
O chefe do Governo falou mesmo em “colaboração” das autoridades portuguesas com a luta de João Lourenço, sendo explícito a dizer que Portugal dará “toda a colaboração para que o dinheiro que pertença a Angola, a Angola seja contabilizado”.
“Daremos toda a colaboração a apoiar a prioridade de Angola no combate à corrupção” – mas a “vontade” é que o sistema de repatriamento de dinheiro entre os dois países de desenvolva “sem pôr em causa a estabilidade do sistema financeiro”.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
DN
23/11/2018