O repto foi lançado esta manhã pelo presidente da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Luís Castro Henriques, no Fórum Económico Portugal/Angola que decorre no Edifício da Alfandega, no Porto, no âmbito da visita do Presidente João Lourenço a Portugal.
Para o presidente da AICEP “a relação entre Portugal e Angola é uma relação emotiva e fiel”, na qual acredita que há “muita margem para o crescimento”.
Para salientar a importância das relações económicas entre os dois países, Luís Castro Henriques – que falava no painel “Oportunidades de Investimento e Estabelecimento de Parcerias – lembrou alguns dados como o facto de Angola foi o oitavo maior país destino das exportações portuguesas.
Sem esquecer que no território angolano “há mais de seis mil empresas portuguesas seja de capital próprio ou misto”.
No mesmo painel, o presidente do conselho de administração da AIPEX – Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações, Licínio Vaz Contreiras, explicou a estratégia de Angola: “Queremos aumentar o investimento privado nacional e queremos criar mais emprego”. Para tal, o país conta com a nova lei do investimento privado que integra duas mudanças fundamentais. Não há montantes mínimos e não há obrigação de comparticipação de capital angolano, explicou o presidente da AIPEX.
Licínio Vaz Contreiras especificou quais os sectores onde pretende conquistar o apoio de Portugal: no sector alimentar, agropecuária, madeiras, turismo e têxteis.
A sessão de abertura do Fórum contou com a intervenção do Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Augusto Santos Silva, que realçou que “queremos contribuir para a diversificação da economia angolana diversificando nós mesmos o nosso investimento”. O MNE português detalhou que esse contributo será feito através de três planos da ajuda técnica, qualificação de recursos humanos e no comércio bilateral.
O ministro da Economia e Planeamento da República de Angola, Pedro Luís da Fonseca, também fez uma intervenção no painel da manhã sobre o contexto macroeconómico, as reformas em curso para o aumento da competitividade da economia angolana e deixou uma mensagem positiva sobre o momento que se vive no relacionamento dos dois países.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
24/11/2018