O banco espanhol CaixaBank pretende reduzir a prazo a participação de 48,1% que detém no Banco de Fomento Angola (BFA), disse quarta-feira em Londres o presidente executivo da instituição.
Gonzalo Gortázar, na apresentação do Plano Estratégico 2019-2021 para o grupo bancário ibérico, precisou que o CaixaBank quer reduzir a participação que detém, “porque é elevada e não corresponde ao nosso envolvimento na gestão, que não é nenhuma.”
Gortázar, citado pela imprensa portuguesa, manifestou no entanto a sua satisfação pela forma “rentável e eficiente” como é gerido o banco angolano, considerando que o país também está a tomar medidas de política económica que vão “na direção certa.”
A participação do CaixaBank no Banco de Fomento Angola é detida indirectamente através do Banco BPI, onde passou a controlar 94,949% do capital social depois da realização de uma Oferta Pública de Aquisição.
O Banco BPI tem 48,1% do BFA desde o início de 2017, quando vendeu 2,0% do banco angolano à operadora angolana de telecomunicações Unitel por imposição do Banco Central Europeu.
Em Abril passado, o presidente da comissão executiva do Banco BPI, Pablo Forero, havia afirmado que a instituição estava a preparar uma oferta pública de venda da posição de 48,1% que detém no capital social do Banco de Fomento Angola.
O Banco de Fomento Angola é controlado desde o início de 2017 pela Unitel, a maior operadora de telecomunicações de Angola, onde Isabel dos Santos tem 25% do capital, quando o BPI cumpriu uma exigência do BCE e reduziu a operação em Angola, através da venda de 2% da sua participação à Unitel (por 28 milhões de euros).
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
29/11/2018