O programa de privatização das empresas públicas, em curso no país, exige o recurso a empresas de consultoria, informou o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão e Participações do Estado, Valter Barros, sublinhando a complexidade do processo.
Segundo o responsável, o Instituto de Gestão e Participações do Estado, a quem incumbe “a regulação e monitorização do Sector Empresarial Público”, incluindo “a execução da política e programa de privatizações e reestruturações”, ainda não concluiu o processo de avaliação das empresas públicas.
“Estamos na fase de definição dos termos de referência para contratar as empresas de consultoria que nos vão ajudar neste processo”, avançou o PCA, em declarações à Rádio Nacional.
Sem precisar quantas firmas serão chamadas a colaborar, Valter Barros adiantou apenas que é preciso recorrer a mais do uma, “porque há empresas cujo negócio tem um grau de complexidade elevado, que requer consultores específicos”.
Para além de auxiliarem na execução do programa de avaliação financeira, operacional e patrimonial das empresas a serem privatizadas, as consultoras deverão garantir a transparência em todo o processo, já sinalizado por analistas da Economist Intelligence Unit (EIU) pelo risco de favorecimento de “enriquecimentos ilícitos de uma elite bem relacionada politicamente”.
Consultoria para a implementação do Programa de Regeneração da Sonangol avaliada em mais de 43 milhões de euros.
Recorde-se que o recurso a serviços de consultoria para implementar o Programa de Regeneração da Sonangol e das suas subsidiárias vai custar ao Estado o valor equivalente em kwanzas a 43 milhões e oitocentos e cinquenta mil euros.
De notar que as mudanças, desenvolvidas no âmbito do “Programa de Regeneração” da empresa, estão a ser implementadas desde o passado mês de Agosto, marcado pelo anúncio da transferência da função de concessionária da Sonangol para a Agência Nacional de Petróleos e Gás (ANPG).
Com este processo, a petrolífera nacional pretende focar-se apenas nos “negócios nucleares”, constituídos pelos fluxos ascendente e descendente da cadeia produtiva de petróleo, designadamente pesquisa, exploração, produção, refinação e distribuição.
Na lista de privatizações, que deverão envolver mais de 70 empresas, destaque ainda para a TAAG, que poderá abrir o seu capital à Emirates.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
NJ
10/12/2018