A Sociedade Mineira de Catoca vai investir 330 milhões de dólares nos próximos três anos em trabalhos de recolha de grande quantidade de amostras na zona da futura mina do Luaxe, anunciou quinta-feira em Saurimo o director-geral da empresa.
O início dos trabalhos está marcado para o primeiro semestre de 2019, indo permitir a recolha de dados sobre a qualidade dos diamantes e, em consequência, do seu preço, a partir dos quais será efectuado o estudo de viabilidade económico-financeiro e o projecto de exploração.
O director-geral Benedito Paulo, ao efectuar o balanço do exercício de 2018, acrescentou ter a empresa investido já no Luaxe, desde o início da prospecção geológica mineira, cerca de 114,4 milhões de dólares.
A mina de Luaxe, que dista a 25 quilómetros de Catoca e cujo início de exploração estava previsto para este ano, terá 100 hectares e uma profundidade de 400 metros, podendo vir a produzir 350 milhões de quilates.
Benedito Paulo disse que a empresa obteve uma facturação de mais de 700 milhões de dólares em 2018, pagou de impostos ao Estado 217 milhões de dólares, contra 198 milhões em 2017.
A empresa extraiu 8,415 milhões de quilates de diamantes, que foram comercializados ao preço médio por quilate de 110 dólares, superior aos 89 dólares por quilate registados em 2017.
A Sociedade Mineira de Catoca tem como accionistas a estatal Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação & Comercialização de Diamantes de Angola (Endiama) e o grupo russso Alrosa, com participações iguais de 41%, estando os restantes 18% nas mãos da Lev Leviev International Holding B.V.
Com sede no município de Saurimo, província da Lunda Sul, a empresa é o quarto maior produtor mundial de diamantes e líder angolano com uma quota de 86,3% em volume e 60,3% em valor monetário.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
14/12/2018