A agência de ‘rating’ Moody’s considera o acordo entre Angola e o Fundo Monetário Internacional (FMI) é positivo para a qualidade do crédito porque equilibra a posição externa, consolida as finanças públicas e acelera as reformas estruturais.
O acordo, que prevê um montante de 3,7 mil milhões de dólares, dos quais 990,7 milhões de dólares serão entregues ainda este mês ao governo angolano, “é positivo para a análise de crédito do país já que vai apoiar a estabilização da posição externa do país, a consolidação das finanças públicas e a implementação de reformas estruturais destinadas a diversificar a economia e a aumentar o desenvolvimento do sector privado”, lê-se na análise da Moody’s.
O Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility – EFF), que surge depois do acordo negociado pelo Executivo angolano e o FMI em 2008, visa fundamentalmente a consolidação do ajustamento orçamental.
“Apesar da nossa avaliação da força institucional de Angola ser ‘Muito Baixa’, reconhecemos o empenho do Governo em implementar o programa”, informa os analistas da Moody’s, acrescentando que é “improvável” que o programa de reformas e modernização económica não seja implementado “dado o sistema de partido dominante no país, a estrutura centralizada de tomada de decisão e o compromisso do Presidente João Lourenço”.
A Moody’s antevê ainda um crescimento económico de 2,8% em 2019 em Angola, depois de três anos de recessão económica, e prevê que as reservas em moeda estrangeira estabilizem este ano para depois aumentar para 22 mil milhões de dólares no próximo ano, praticamente o dobro do valor actual.
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Mercado
14/12/2018