A empresa de Transportes Aéreos Portugueses (TAP) repatriou “quase 70 por cento dos recursos” que tinha bloqueados em Angola em resultado da crise cambial, declarou o presidente executivo da companhia citado ontem pela Lusa, anunciando um aumento dos voos de carreira para Luanda antes do Verão no Hemisfério Norte.
Transportadora portuguesa projecta mais dois voos semanais
O reforço será de “entre duas a três frequências, ainda não está definido”, disse Antonoaldo Neves num encontro de jornalistas, em Lisboa, no qual David Neeleman, um dos accionistas de referência, lembrou haver actualmente sete frequências.
“O anúncio da frequência surge com a recepção de [novas] aeronaves. Precisamos de aeronaves para o fazer. A data indicativa para o fazer é antes do Verão, para ter nessa época mais frequências. Mas é indicativo”, disse Antonualdo Neves.
Sobre a transferência de divisas, o presidente executivo adiantou que se conseguiu repatriar “quase 70 por cento dos recursos” que estavam em Angola, numa operação que “deu um conforto muito grande de que nós operamos num país onde o repatriamento é um processo normal”.
“Hoje é uma operação totalmente normal, quando no passado não havia autorização na frequência que há este ano para repatriar os recursos que são necessários para pagar todos os investimentos que temos aqui”, disse o gestor.
Em Setembro, os Governos de Portugal e de Angola assinaram uma convenção para acabar com a dupla tributação e um memorando para o início de um processo de regularização das dívidas a empresas nacionais, no âmbito da visita oficial do Primeiro-ministro daquele país, António Costa, a Angola.
Uma fonte disse naquela altura que na sua situação específica, fora dos processos de regularização, a TAP teria recuperado 440 dos 540 milhões de dólares em atraso.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Jornal de Angola
16/12/2018