A petrolífera nacional e a francesa Total assinaram esta sexta-feira, 21, em Luanda, um acordo no segmento de “downstream”, ou seja para transporte, distribuição e comercialização dos derivados do petróleo, compromisso que, no entender do presidente do conselho de administração da Sonangol, augura melhorias no sector, nomeadamente de aumento da qualidade e baixa de preços.
Com 4.500 bombas de distribuição de combustível espalhadas por todo o continente africano, a Total prepara-se para alargar essa experiência ao mercado angolano, em parceria com a Sonangol.
“A Total é mais conhecida em Angola com actividades em “upstream” [exploração, perfuração e produção] e a partir de hoje passa a ter a sua actividade também em “downstream””, destacou o presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, citado pela Angop.
Segundo o responsável, o acordo assinado com a petrolífera francesa augura que, nos próximos tempos, mais empresas venham a actuar nessa área, “visando mais qualidade e a baixa de preços”.
A abertura enquadra-se na materialização da lei da concorrência, favorecendo a liberalização das actividades no sector de “downstream”.
O processo cumpre-se através da criação de uma nova empresa, explicou Carlos Saturnino, adiantando que a nova firma foi constituída pelas duas concessionárias para actuar no mercado de distribuição de produtos refinados e actividades conexas.
Para começar, a Total vai entrar na rede retalhista com 45 postos de abastecimento de combustível, em zonas urbanas e em vias rápidas – estando a abertura do primeiro posto de abastecimento prevista para Luanda -, acção posteriormente alargada a outras áreas onde a companhia francesa acumula experiência, como lojas e estações de serviços.
“As actividades também serão desenvolvidas na área de comércio geral, distribuição de lubrificantes e quando as condições estiverem criadas mais tarde vai para o sector de aviação civil e a nível da logística e da importação”, disse o presidente de Marketing e Serviços da Total para África, Stanistas Mittelman, em declarações citadas pela Angop.
Recorde-se que a cooperação entre a Sonangol e a Total foi reforçada com a entrada de Carlos Saturnino para a presidência do conselho de administração da companhia.
“Assinámos vários acordos no âmbito do relançamento da cooperação entre a Total e a Sonangol, de maneira a relançarmos a actividade da indústria petrolífera de forma global”, disse há pouco mais de um ano o líder da petrolífera nacional.
O responsável falava na cerimónia de assinatura de vários contratos ntre a Sonangol e a Total, incluindo uma ‘joint-venture’ para a importação e distribuição em Angola de produtos renados do petróleo.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Angop
23/12/2018