Corte de produção dos países da OPEP faz baixar produção de petróleo de Angola

Pelo menos 1,2 milhão de barris de petróleo deixam de ser produzidos a partir do dia 01 de Janeiro pelos países membros da OPEP e não-OPEP, num esforço conjunto que tem sido feito desde 2016 para equilibrar os preços do crude no mercado internacional.

A decisão deste segundo corte na produção, cujo ajuste é de 3,02% para cada estado membro, foi adoptada na 175ª conferência da OPEP realizada nos dias 06 e 07 de Dezembro de 2018, em Viena, Áustria, resultado da queda dos preços com mínimos de 50 dólares registadas no período de Novembro e Dezembro, depois de ter atingido em Outubro os 85 dólares/barril.

Angola, com uma produção de referência de 1,528 milhões de barris/dia,poderá cortar 47 mil barris/dia, ao contrário dos 29 mil barris previsto anteriormente, o que implicará baixar a produção para um milhão e 481 mil barris/dia.

O presidente da Sonangol, Carlos Saturnino, afirmou em Luanda, aquando da visita a Luanda, em Dezembro de 2018, do secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, que o desejável em 2019 seria ver o barril entre 60 a 70 dólares.

Carlos Saturnino admitiu que nenhuma empresa petrolífera teria prejuízos se o preço se situasse nos 61 dólares.

A medida, que terá uma duração de seis meses, devendo ser objecto de avaliação dos seus resultados em Abril (dois meses antes do prazo), tem como propósito reduzir o excesso de stock e o desequilíbrio entre a oferta e a procura.

Entre 2014 e 2016, a oferta de petróleo no mundo superou a procura em 1,5 milhões de barris/dia armazenados, quando na altura a oferta mundial aumentara a 5,8 milhões de barris/dia, enquanto a procura crescia apenas em 4,3 milhões de barris/ dia.

A OPEP é responsável por mais de 40 por cento da produção mundial de petróleo, com uma média diária de 32,7 milhões de barris/dia.

Angola é membro da OPEP desde a sua criação em 1960, em Bagdad, no Iraque.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
02/01/2019

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