O Banco Mundial (BM) revê em baixa a previsão de crescimento económico de Angola para 2018, estimando agora uma contracção de 1,8%.
Segundo o relatório Perspectivas Económicas Globais” do Banco Mundial, Angola representa uma inversão de 3,5 pontos percentuais relativamente às previsões feitas há 12 meses atrás.
O relatório refere que Angola e também Guiné Equatorial registaram uma quebra no PIB devido ao declínio na produção de matérias-primas, no caso angolano do petróleo.
Países que dependem da exportação de matérias primas sofreram não só devido à queda dos preços, mas também da confiança dos investidores devido às “vulnerabilidades externas e condições domésticas frágeis”, perfil que Angola partilha com a Argentina, África do Sul ou Nigéria.
No entanto, o Banco Mundial espera que, após uma contracção significativa, Angola, tal como a Argentina e o Irão, registem uma recuperação económica gradual.
Em Angola, diz o relatório do Banco Mundial, o sector petrolífero deverá beneficiar do início de produção de novos blocos de exploração e também de reformas para melhorar o ambiente de negócios, indica a instituição.
Lembrar que a contracção económica de Angola, associada ao crescimento fraco da Nigéria (1,9%) e África do Sul (0,9%), é responsável pelo desempenho abaixo da média da África Subsaariana, que em 2018 deve crescer 2,7%, uma revisão em baixa de 0,4 pontos percentuais face ao previsto em junho.
Os principais riscos para os países da África subsaariana, segundo o Banco Mundial, são a “possibilidade de crescimento mais lento do que o projectado na China e na zona euro, novas quedas nos preços das matérias-primas, um forte aperto das condições de financiamento global, derrapagem fiscal, paralisação das reformas estruturais e conflitos.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
09/01/2019