Zona Económica Especial em negociação com Volkswagen e Ford

As autoridades angolanas estão a negociar, com responsáveis da Volkswagen e Ford, duas das 12 principais marcas de automóveis do Mundo, a abertura de linhas de produção em Angola.

Com essas negociações, lideradas pela Sociedade de Desenvolvimento da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, o país pretende montar localmente e deixar de importar essas marcas, além de gerar empregos.

Segundo o presidente da Zona Económica Especial, António Henriques da Silva, que falava em entrevista à Angop, nesta quinta-feira, pretende-se, ainda, aumentar o raio de exportação dessas empresas no Mundo.

A concretizar-se o acordo, a produção local dessas marcas proporcionará o surgimento de empresas de produção de peças sobressalentes no país.

Para o efeito, António Henriques da Silva viaja, nos próximos dias, para a África do Sul, onde manterá encontros com responsáveis da Volkswagen.

A eventual instalação dessas marcas de referência no país servirá de “chamariz” para que outras empresas de referência mundial possam instalar-se em Angola e contribuírem para a diversificação da economia.

“O importante é arrancar e criar confiança da nossa capacidade de acolhimento deste tipo de actividades e melhorar o ambiente de negócios, que passa pela existência de um quadro legal e benefícios fiscais favoráveis”, sublinhou o responsável.

Lembrar que a ZEE poderá contribuir para a redução das importações de produtos essenciais para o desenvolvimento nacional, criação de uma plataforma de geração de empregos e diversificação da economia, absorção de conhecimento, a possibilidade de sinergias resultantes da sua localização geográfica privilegiada, veículo para a promoção de exportação, mediante a atracção de novos investimentos, entre outros.

Entre 2011 e 2014, foram investidos pelo Estado, através da Sonangol, 472 milhões e 953 mil dólares para a infra-estruturação, enquanto os custos relativos ao funcionamento foram de 385 milhões e 779 mil dólares a que se adicionaram 8 milhões e 165 mil dólares.

Na ZEE funcionam unidades fabris ligadas à metalomecânica, embalagens metálicas, torneiras, sacos de plástico, galvanização e pavilhões metálicos, fabrico de mobiliários, colchões, entre outros.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
AngoNotícias/Lusa
10/01/2019

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