Governo pode mitigar os efeitos da queda nas receitas com mais empréstimos, aumento dos impostos ou adiamento de alguns projectos.
O País deixará de contar nos seus cofres com receitas que deverão rondar os 103 milhões USD/dia, em consequência do corte na produção petrolífera da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos membros – não OPEP, de cerca de 1,2 milhões de barris de petróleo, segundo cálculos do Mercado.
Com isto, Angola deverá cortar cerca de 47 mil barris/dia, o que implicará uma quebra na produção na ordem dos 3,1% (face a produção de referência de 1,528 Mbpd), o que obrigará a produção rondar os 1,481 Mbpd até Junho deste ano.
Segundo cálculos do Mercado, com o supracitado nível de produção, Angola deixaria de encaixar 106 milhões USD em receitas petrolíferas caso o preço de referência fosse a média apurada em 2018, isto é, 71,64 USD por barril.
Porém, caso o preço fosse o estabelecido no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, 68 USD, as receitas perdidas se aproximariam aos 100,7 milhões USD, perfazendo uma média de 103 milhões USD.
Esta decisão de cortar a produção até finais do segundo semestre deste ano, possibilitará avaliar os seus resultados, no sentido de eliminar os excedentes de stock, e o respectivo desequilíbrio entre a procura e a oferta da commodity.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
27/01/2019