A aplicação do Quadro Normativo Contabilístico Internacional (IPSAS) no sector público em Angola, previsto para até 2023, pode contribuir para a melhoria da imagem do país no exterior e conquistar uma maior confiança dos investidores, considera a especialista Ana Calado Pinto.
Adopção de normas internacionais credibiliza instituições
Para a especialista, o quadro normativo, com mais de 35 regras, que podem ser executadas de forma aleatória, de acordo com a realidade de cada país, dá maior transparência na questão da contabilidade, desde a elaboração à execução do Orçamento Geral do Estado.
Falando num seminário sobre “Transparência na contabilidade pública”, realizado no sábado pela Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OPCA), a especialista assegurou que com as IPSAS é possível primar por uma maior transparência no processo orçamental e associá-lo à construção do que está a ser feito no país com esta execução.
“ As IPSAS vão dizer que é importante saber que há a constituição de património, de reservas e que existem dívidas a pagar, a quem, de que conta decorrente e o tipo de contrato”, avançou a especialista.
As IPSAS, acrescentou, vão ainda dar informações da existência de contratos, apesar de não aparecerem com facturas, que assumem responsabilidades do Estado para com terceiros que devem ser pagas “ mais cedo ou mais tarde”.
Para o sucesso das operações, referiu, é preciso mudanças “ no terreno”, relativamente à sustentação dos actos acima referidos, a identificação dos mesmos que devem ser associados ao reconhecimento do património, dívida pública e outros elementos.
Para cada passo, defendeu decisões sustentadas.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Jornal de Angola
04/02/2019