O PAI+ que o Executivo definiu como sucessor do Programa Angola Investe não chegou a sair do papel devido à pressão do empresariado nacional, que criticava, principalmente, as dificuldades no acesso a financiamento, que privilegiava uns e discriminava outros.
O substituto do Programa Angola Investe (PAI) apresentado no ano passado como “o pai grande” da diversificação económica no âmbito do PRODESI morreu à nascença e será substituído pelo Programa de Apoio ao Crédito (PAC), revelou esta semana o ministro da Economia e Planeamento.
De acordo com Pedro Luís da Fonseca, o programa que coloca de parte o PAI+ terá, igualmente, um mecanismo de financiamento ao sector privado para estimular a produção nacional.
O Expansão apurou que o PAC está ainda em preparação naquele Ministério e será apresentado dentro de duas semanas à comissão económica do Conselho de Ministros. Este programa surgirá com regras mais rígidas quanto ao financiamento de projectos de investimento economicamente viáveis.
As instituições financeiras nacionais e estrangeiras escolhidas pelo Governo para apoiar este programa serão, numa fase inicial, o Banco Angolano de Desenvolvimento (BDA), Banco de Poupança e Crédito (BPC) e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O recuo do Governo na implementação do PAI+, naquela que foi apresentada como uma solução renovada do Programa Angola Investe, lançado em 2012 para financiar as micro, pequenas e médias empresas (MPME), resulta das constantes reclamações por parte de associações empresariais que ao longo dos anos têm denunciado irregularidades no acesso aos financiamentos através das linhas de crédito criadas no âmbito do PAI.
Ao Expansão, vários responsáveis destas associações, admitiram que a versão renovada, no fundo, era apenas uma continuação do programa anterior, com os mesmos problemas.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
AngoNotícias/Expansão
05/02/2019