A Gesterra Gestão de Terras Aráveis, empresa de capitais públicos, vai assumir a gestão de quatro empreendimentos agropecuários que o Presidente da República, João Lourenço, «resgatou» no ano passado ao Fundo Soberano de Angola (FSDEA), depois de terem sido atribuídos, em 2016, por José Eduardo dos Santos à instituição liderada na altura por José Filomeno dos Santos, seu filho.
Trata-se dos projectos agroindustriais da fazenda do Longa, na província do Kwando Kubango, de desenvolvimento agrícola de Camaiangaga, na província do Moxico, de produção de milho e soja, denominada fazenda agro-industrial do Cuimba, na província do Zaire e de desenvolvimento agrícola de Sanza Pombo, no Uíge.
Segundo o despacho conjunto dos ministérios das Finanças e da Agricultura e Florestas n.o 18/19, de 7 de Março, a entrega destes projectos à Gesterra visa “assegurar a integridade dos empreendimentos e do seu património”.
A empresa de gestão de terras aráveis, devido “à sua capacidade e conhecimento dos empreendimentos, passa a ser o órgão responsável pelo asseguramento e gestão ordinária efectiva, e com poderes de disposição limitados à manutenção da utilidade dos empreendimentos até à conclusão do pro- cesso de privatização”, lê-se no documento assinado pelos ministros das Finanças e da Agricultura e Florestas, Archer Mangueira e Marcos Nhunga, respectivamente.
De fora da gestão da Gesterra ficam os projectos de desenvolvimento agropecuário do Manquete, na província do Cunene, e o de produção de milho e tilápia, denominado fazenda agroindustrial de Camacupa, no Bié, que regressaram também para a esfera do Estado.
A quando do «resgate» destes seis projectos, João Lourenço autorizou a abertura de um concurso público internacional para a sua privatização.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
AngoNotícias/NJ
15/03/2019