Economia de Angola continuará em contracção em 2019/2020, EIU

A economia de Angola deverá continuar a contrair-se este ano e em 2020, com taxas negativas de 1,9%, antes de regressar a valores positivos no período de 2021 a 2023, segundo as mais recentes previsoes da Economist Intelligence Unit (EIU).

Se este ano e no próximo os baixos preços do barril de petróleo continuarão a ter uma influência negativa na economia do país, no período entre 2021 e 2013, com a subida dos preços e o aumento da produção, dar-se-á a inversão de taxas negativas para positivas.


Dessa forma, os analistas da EIU antecipam que a economia angolana deverá crescer à média anual de 6,3%, com um valor máximo de 7,0% em 2021 e mínimo de 5,9% em 2023.

A fraca economia doméstica, combinada com a valorização do dólar dos Estados Unidos e a fraca apreciação dos investidores relativamente aos mercados emergentes, continuará a pesar sore o kwanza em 2019, que terá tendência a depreciar-se.

A EIU adianta neste seu relatório que, não obstante os esforços para diversificar a economia, a actividade continuará a estar dependente da evoluçao do sector petrolífero, não sendo de esperar grandes alterações no curto a médio prazo.

A inflação deverá manter-se elevada ao longo do período em análise neste documento, 2019/2023, com valores compreendidos entre um máximo de 24,3% este ano e um mínimo de 11,4% em 2023, devido à fraqueza continuada da moeda angolana e ao facto de a maior parte dos bens de consumo ser importada e paga em moeda estrangeira.

O relatório salienta o facto de o governo estar a tentar aumentar a receita fiscal e diminuir a despesa pública através da introdução de novos impostos, como o IVA, e da eliminação de um conjunto de programas de atribuição de subsídios, em resultado do programa de reformas do Presidente João Lourenço e das restrições impostas pelo Fundo Monetário Internacional.

Os analistas da EIU prevêm que o Orçamento Geral do Estado continue a apresentar défices até 2020, com -2,9% do Produto Interno Bruto, antes de regressar a saldos positivos a partir de 2021 (2,3%) e até 2023 (4,7%), embora a balança com o exterior só venha a ser positiva em 2022, com uma taxa de 2,6% do PIB.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
27/02/2019

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