Missão parte para reuniões em Washington

Uma delegação liderada pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, parte amanhã para a capital norte-americana, Washington, para entre outros aspectos prosseguir a discussão da revisão do Programa de Financiamento Ampliado (EFF, sigla inglesa) nas Reuniões da Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de terça-feira a domingo.

Uma fonte oficial disse ao Jornal de Angola que a delegação é integrada pelo ministro da Economia e Planeamento e o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Pedro Luís da Fonseca e José de Lima Massano, bem como pela directora da Unidade de Informação Financeira (UIF), Francisca de Brito, e equipas técnicas destes pelouros.

O Ministério das Finanças, recorde-se, anunciou quarta-feira que o Governo e o FMI tinham decidido continuar em Washington, durante as reuniões da Primavera das duas instituições, a avaliação da aplicação do EFF e optaram por uma revisão do programa à luz da adopção de um orçamento rectificativo em Angola, durante este trimestre.

A revisão orçamental é resultado de uma previsão menos prudente do preço de referência do petróleo no Orçamento Geral de Estado inicial, adoptado em Dezembro, de 68 dólares por barril, quando a média do mercado se tem revelado inferior. A revisão do EFF consiste numa análise exaustiva do cumprimento das metas estabelecidas para a primeira avaliação, bem como pelo ajustamento das metas para as próximas avaliações semestrais, de acordo com um comunicado emitido quarta-feira pelo Ministério das Finanças.

A fonte do Jornal de Angola revelou uma intensa agenda na capital norte-americana, incluindo um encontro entre a delegação angolana e representantes do Tesouro dos Estados Unidos, equivalente ao Ministério das Finanças.

Em meados de Março, quando esteve em Luanda, o sub-secretário norte-americano, John Sullivan, anunciou que os EUA vão enviar representantes do Departamento do Tesouro para trabalharem com o Governo na questão do restabelecimento da correspondência bancária, interrompida em 2014 pela débil observação das questões da “compliance” no sistema financeiro angolano.

O sub-secretário também revelou naquela ocasião que o seu país vai designar assessores técnicos do Departamento do Tesouro para ajudarem a combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.

Noutros encontros, a delegação angolana reúne-se com o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, vice-presidentes e directores regionais do Banco Mundial e FMI, bem como governadores africanos das duas instituições, participa numa reunião dos ministros das Finanças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e noutra com investidores internacionais.

A fonte deste jornal afirmou que, de forma geral, as discussões incidem sobre questões relacionadas com o desenvolvimento económico do país, com impacto na melhoria do ambiente de negócios, desenvolvimento do capital humano, gestão da dívida pública e captação de investimentos.

A delegação participa numa reunião da 25ª Constituência (um mecanismo de consulta de políticas económicas) do Banco Mundial, integrada por Angola, África do Sul e Nigéria, liderada pelo ministro angolano das Finanças, de 2013 a 2016, Armando Manuel.

Angola assume a vice-presidência da Constituência na qualidade de director executivo suplente durante os próximos dois anos, devendo substituir a Nigéria no fim desse período. A liderança angolana deriva do falecimento, em Fevereiro, do director executivo nigeriano, Haruna Mohammed.

Armando Manuel tem como conselheiros para formulação de políticasa o técnico do Ministério das Finanças, Mário Caetano, dois nigerianos e dois sul-africanos.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
AngoNotícias/JA
05/04/2019

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