Angolanos podem aderir aos USD 55 mil milhões do AIF

O África Investiment Fórum (AIF) apresentou hoje, em Luanda, os critérios de elegibilidade para empresas angolanas terem acesso aos USD 55 mil milhões que estarão em negociação na 2ª edição do fórum, a ter lugar em Novembro próximo, na África do Sul.

O AIF, uma plataforma multidisciplinar do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), vai aprovar nesta edição um total de 60 novos projectos para financiar.

Numa promoção do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em parceria com o Ministério da Economia e Planeamento e a Agência de Investimento e Promoção das Exportações (AIPEX), o encontro reuniu empresários nacionais e estrangeiros de vários ramos que operam no País.

Em 2018, o Africa Investiment Fórum, que reuniu representantes de 53 países, incluindo Angola, colocou em negociações USD 38,7 mil milhões, com a aprovação de 49 projectos de vários ramos.

Angola na primeira edição com 29 participantes e teve três aprovados no valor global de USD 488 milhões.

Em relação à edição de 2019, segundo o director Nacional para Economia, Competitividade e Inovação, Marcelino Pinto, espera-se o fomento do sector privado na plataforma de financiamento do AIF, que através do BAD são envolvidos outros instituições financeiras internacionais, como fundos soberanos e de pensões, que procuram reduzir e partilhar riscos, para alavancar o investimento.

“Angola quer alavancar o sector privado e traze-los para uma contribuição maior no PIB não petrolífero e participem naquilo que são os objectivos e prioridades do Governo no quinquénio 2018/2022”, referiu o responsável.

Para Marcelo Pinto, a referida plataforma de financiamento é vantajosa para o empresariado nacional, uma vez que dispõem de taxas muito apelativas com juros na ordem dos 4% para uma maturidade de 15 anos.

As empresas angolanas, acrescentou, dispõem de tempo e espaço suficiente para que o País possa ultrapassar a cifra do ano passado (488 milhões).

O valor mínimo inicial para cada projecto é de 30 milhões de dólares e o máximo é 500 milhões, de acordo com o representante do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Joseph Martial Ribeiro.

Nesta edição, disse, o BAD dá prioridade a Angola e África do Sul, por serem as economias mais robustas na região que podem alcançar bons resultados no AIF.

“Angola tem robustez e condições para buscar muito mais aquilo que foi o resultado do ano passado.”, considerou o responsável sublinhando a necessidade de uma maior organização das empresas, visto ser um das condições preliminares para se ter acesso a esta plataforma de financiamento.

Joseph Martial Ribeiro esclareceu a intenção é incluir todas as áreas, sendo prioritárias os sectores da Agricultura, intra-estruturas , energia e Transporte.

As propostas podem ser enviadas até o final deste mês pelos empresários interessados, aderindo ao site http://www.africainvestmentforum.com.

O período de Abril a Novembro servirá para avaliação e interacção com os potenciais promotores de projectos, por forma a chegarem no AIF e preparados para fechar negócios.

As necessidade em infra-estrutura para o desenvolvimento da África continuam a aumentar, estando estimadas pelo BAD, entre 130 a 170 mil milhões de dólares/ano.

Publicação Externa da Autoria de:
Angop
11/04/2019

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