Angola deverá ter dois anos consecutivos de contracção da sua economia, estimando a Economist Intelligence Unit (EIU) taxas negativas e 4,5% em 2019 e 4,8% em 2019, segundo a mais recente análise da evolução política e económica do país.
A EIU adianta que Angola só voltará a crescer a partir de 2021, ano em que a sua economia deverá crescer 4,2%, antes de cair para 3,5% em 2022 e 3,4% em 2023, os anos abrangidos por este relatório.
A razão para dois anos consecutivos de contracção económica deriva, segundo o relatório, da evolução dos preços do petróleo, de que a economia de Angola depende em cerca de 70%, “atendendo a que os esforços desenvolvidos no sentido de proceder à sua diversificação têm produzido resultados pouco visíveis.”
A fraqueza demonstrada pelo economia de Angola, segundo os analistas da EIU, continuará a pesar de forma significativa no valor da moeda angolana, o kwanza, que se situa actualmente em 324,4 kwanzas por cada dólar, sendo possível de antecipar uma pressão continuada no sentido da baixa.
“No final do período em análise, 2023, a moeda angolana ter-se-á depreciado para 361,9 kwanzas por dólar”, pode ler-se no documento.
Os analistas da EIU prevêem igualmente que a taxa de inflação permaneça em valores elevados, aumentando para 22,8% em 2019, para depois desacelerar para valores ligeiramente mais baixos, chegando a 2023 com uma taxa de 11,4%.
O Banco Nacional de Angola, que em Janeiro de 2019 baixou a taxa de referência do mercado de 16,5% para 15,75%, deverá manter essa taxa ao longo do ano a fim de tentar estimular a economia não directamente relacionada com o petróleo, não obstante o aumento dos preços derivado da depreciação do kwanza.
O Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento económico de 0,4% e uma taxa de inflação de 17,5% para Angola em 2019.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Macauhub
25/04/2019