O Ministro das Finanças, Archer Mangueira, negou em Luanda, ter dito que parte da dívida pública do Estado seja falsa, admitindo que falsa é parte da dívida reclamada pelas empresas, como atrasados, que não corresponde a dívida certificada.
A dívida pública do país é avaliada em 22 mil milhões de Kwanzas, correspondendo a 79,7 por cento do passivo do governo. Quarenta por cento da dívida do Executivo é interna e o restante são dívidas externas da TAAG e da Sonangol .
As reclamações da dívida por empresas, essencialmente, de prestação de serviço às distintas unidades orçamentais – diferente da dívida pública – são atrasados que o Estado acumulou devido a diminuição de receita.
O ministro respondia a questões colocadas pelo presidente do grupo parlamentar da Unita, Adalberto da Costa Júnior, sobre a real dívida pública, em sede da discussão, na especialidade, do Orçamento Geral do Estado (OGE) Revisto 2019.
“Não é a dívida pública que é falsa. Deixemos de deturpar. Que Estado teríamos, se a dívida pública fosse falsa?”, questionou Archer Mangueira.
O governante disse existir um processo de certificação e averiguação da veracidade das dívidas em atraso e as falsas são enviadas à PGR para o devido tratamento.
Informou que para controlar e regularizar a dívida, o governo está a implementar a Estratégia Nacional de Regularização dos Atrasados, que já permitiu normalizar dívidas de 170 acordos, à medida da disponibilização das receitas, por vias de títulos (para não pressionar a tesouraria) e de pagamento em cash (dinheiro).
Anunciou, igualmente, a preparação, pelo Executivo de um plano de continência para um possível cenário de constrangimentos da implementação do Imposto do Valor Acrescentado (IVA), que entra em vigor já em Julho próximo.
O plano de contingência, cujos instrumentos legais já estão em elaboração, segundo o ministro, se vai incidir na aplicação de impostos de produtos nocivos a saúde.
Os deputados voltam a discutir, na especialidade, o OGE 2019 revisto esta terça-feira (28) com a equipa do governo que atende pelo sector social.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
AngoNotícias/Angop
27/05/2019