O processo aberto em Portugal contra o antigo vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, e enviado em Maio de 2018 à Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola para ouvir o agora deputado do MPLA, continua em banho-maria.
O processo foi desbloqueado através do envolvimento pessoal do Presidente Joao Lourenço que conseguiu que as autoridades portuguesas enviassem o processo para Luanda, por considerar haver um acordo judicial entre os dois países que impõe que quando está em causa o cidadão de um país, sejam as autoridades desse país ouvi-lo e eventualmente a levá-lo aos tribunais.
O antigo vice-Presidente Manuel Vicente foi acusado pela justiça portuguesa de crimes de corrupção activa, falsificação de documentos e branqueamento de capitais, quando era presidente do Conselho de Administração da petrolífera Sonangol.
O jurista Salvador Freire, presidente Associação Mãos Livres, diz não entender a razão da demora em levar Manuel Vicente a julgamento.
“Não sei dizer o que se passa com este processo, foi um processo muito badalado onde até estiveram envolvidos altos dirigentes do país e até agora não se diz nada, não sei se está em segredo de justiça ou o que é que se passa”, questionou Freire.
O também jurista Pedro Kaparakata tem outra leitura e entende que a razão é política.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
04/06/2019