Será inevitável que na preparação para o processo de privatização, algumas empresas públicas com excesso de pessoal tenham que despedir alguns dos seus trabalhadores. O Expansão ouviu vários especialistas para perceber o tratamento a dar a estes trabalhadores “excedentários”.
Algumas empresas a privatizar vão ter de passar por um processo de restruturação que implicará a injecção de capital e redução de trabalhadores explicam, especialistas contactados pelo Expansão. Estes processos de redimensionamento apelidados de Downsizing “acabam por no imediato por determinar despedimentos”, revela Jorge Moreira da consultora Ernst and Young.
Por seu turno, o Economista Fernandes Wanda, clarifica que o processo de privatização que se avizinha não pode descurar o tratamento a dar à força de trabalho. Uma vez que há empresas ineficientes e com excesso de trabalhadores “não tem como não reduzir pessoal.
Essa será uma primeira medida que o Estado hoje não fala, mas que é uma coisa óbvia” reitera. Para o economista, compreende-se que o programa de privatizações pode criar o que o processo de acumulação primitiva de capital criou na Inglaterra, uma classe de indivíduos que perde uma fonte segura de renda e reprodução social, ficando expostos às regras, muitas vezes selvagens, do mercado”.
Wanda adianta ainda que ao contrário dos ingleses agricultores sem terra que encontraram alternativa de emprego e subsistência na indústria emergente, em Angola, lamentavelmente essa alternativa é inexistente.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
AngoNotícias/JExpansão
26/09/2019