Kwanza já desvalorizou 2% face ao dia do anúncio, 23% face ao início do mês, 50% em relação a Janeiro do corrente ano e de 53% quando comparado ao período homólogo.
Um dia após o anúncio oficial da liberalização da taxa de câmbio por parte do Banco Nacional de Angola, os mercados reagiram com aumentos do rácio da desvalorização atingindo níveis históricos.
Segundo dados oficiais do BNA, nesta quinta-feira, o dólar foi comercializado (media) a 464,553 Kz/USD, que com base nos cálculos do Mercado representa uma desvalorização na ordem de 2% face ao dia do anúncio, de 23% face ao início do mês, 50% em relação a Janeiro do corrente ano e de 53% quando comparado ao período homologo.
Com o câmbio livre o mercado será autoregulado e a desvalorização da moeda segue curso próprio.
Nas últimas semanas assistiuse a uma desvalorização sucessiva da moeda nacional que foi justificada pelo governador do Banco Central, José de Lima Massano, como estando em linha com o calendário adoptado para a flexibilização da taxa de câmbio iniciado em 2018.
No mercado informal a desvalorização ronda os 3% desde o fim da taxa fluente, estando a nota a custar no paralelo 660 Kz/EU e 620 kz/USD.
Questionado durante a conferência de imprensa realizada para anunciar a medida em analise, sobre o impacto da medida nas importações e consequentemente sobre a inflação, Massano admite haver impacto, mas tranquiliza revelando que medidas foram tomadas abrandar o aumento dos preços.
Em resposta ao Mercado, fez saber que os importadores que usam cartas de créditos não precisam esperar 90 dias para fazer o pagamento no exterior, mas sim pagarem a mercadoria quando estas estiverem no País.
Aponta que com isso os importadores podem gerir os riscos cambiais, bem como evitar que a mercadoria fique retida no exterior enquanto se estabiliza o cambio, o que provocaria escassez e consequentemente um aumento dos preços.
Outra medida tomada para conter a inflação foi o regresso a política restritiva que visa enxugar a liquidez disponível no mercado para reduzir a pressão sobre os preços e a taxa de câmbio. Assim foi ajustada de 17% para 22% o coeficiente de reservas obrigatórias para moeda nacional.
Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
25/10/2019