“…O desenvolvimento da agricultura é um imperativo nacional, para garantir a autossuficiência alimentar e reduzir as importações e os gastos em divisas.” Proferida em 2018, pelo Chefe de Estado, aquando do discurso sobre o estado da Nação.
Quando falamos da autossuficiência alimentar de um país, remete-nos imperativamente na capacidade para satisfazer as necessidades de consumo de bens alimentares da sua população, através da respectiva produção interna e/ou da importação de bens alimentares financiados pelas correspondentes exportações.
Ora, assim sendo, a questão que se coloca é; Angola poderá ter autossuficiência alimentar suficiente para satisfazer a necessidade da sua população?
Para responder a questão supra, permite-me primeiramente fazer uma pequena incursão sobre o crescimento da população versus autossuficiência alimentar. Uma das primeiras abordagens sobre essa temática, surgiu nas primeiras décadas do século XX, com o Economista Inglês Thomas Robert Malthus (Teoria Populacional Neomalthusiana). Segundo a qual, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento, e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego, e a pobreza. Os Neomalthusianos apoiavam todas as formas de diminuir as taxas de natalidade, tais como; Casamento tardio, a abstinência sexual, a vasectomia e até mesmo o aborto. Sobre pretexto de que um índice juventude alta seria um peso econômico para o Estado.
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