Economia de Angola deve contrair-se 1,7% este ano – FMI

De acordo com um conjunto de documentos colocados no site da organização internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) real deve contrair-se em 1,7%, acentuando os 0,2% negativos de 2017, reflectindo um declínio na produção de gás e petróleo, mas o PIB não petrolífero, no entanto, deve registar uma ligeira recuperação, motivada pelo aumento da actividade na agricultura, construção e sector da energia”.

A previsão de recessão de 1,7% consta de uma declaração assinada pelo director do FMI para Angola, Dumisani Hebert Mahlinza, e pelo representante do Governo angolano no grupo africano no Fundo, Jorge Essuvi, e agrava a revisão feita pelo Governo em novembro, quando antecipava uma recessão de 1,1%, bem distante dos 4,9% de crescimento previstos para Angola no início do ano pelas autoridades.

Entre as previsões avançadas agora pelo FMI e pelo Governo na declaração conjunta, o valor para as reservas internacionais líquidas é também revisto em baixa para cobrir 3,5 meses de importações no final deste ano.

A inflação, por outro lado, depois de descer para 18,04% em outubro face ao mesmo mês de 2017, “apesar da forte depreciação do kwanza contra o dólar desde janeiro deve chegar a cerca de 22% no final de dezembro, como resultado da evolução da taxa de câmbio”.

No documento, que sintetiza também as principais medidas já acordadas entre o Governo e o FMI, lê-se também que “a economia angolana começou um ciclo de recuperação gradual desde a experiência dos preços baixos do petróleo em 2014, e deve, por isso, crescer entre 2019 e 2021, até 3,2%”.

As autoridades, conclui a declaração do FMI, “continuam empenhada numa visão de contenção orçamental moderada, focada numa inversão do rádio da dívida sobre o PIB, com o objetivo de se aproximar dos 65%”, o que representa uma redução face aos cerca de 80% calculados pelo FMI em outubro, quando publicou as Previsões Económicas Mundiais.

O Conselho Executivo do FMI aprovou no início deste mês, em Washington, o Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility – EFF, na sigla inglesa), que visa apoiar as reformas económicas em curso em Angolanos próximos três anos, tendo como base o Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM) e o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022.

Publicação da autoria de Fonte Externa:
Mercado
20/12/2018

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