Categoria: Economia

Remessas dos portugueses em Angola subiram 1,2% para 21,1 milhões

As remessas enviadas pelos emigrantes portugueses em Angola subiram 1,2% em junho, para 21,1 milhões de euros, de acordo com os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o regulador financeiro, os portugueses a trabalhar em Angola enviaram 21,16 milhões de euros, o que representa uma subida de 1,2% face aos 20,9 milhões de euros que tinham enviado em junho do ano passado. Como é habitual, os dados de Angola representam a quase totalidade das verbas enviadas pelos portugueses nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

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Angola recebe hoje 852 milhões do FMI

O governo de Angola vai receber 704 milhões de unidades de Direitos Especiais de Saque (DES), cerca de 852,3 milhões de euros, de acordo com a distribuição proporcional à sua quota no Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com o documento que foi aprovado pelo conselho de administração do FMI e que começará hoje a reforçar as reservas cambiais de todos os membros do Fundo, Angola receberá 704 milhões de unidades de DES, correspondentes a 997 milhões de dólares ao câmbio atual.

“A proposta defende uma alocação de 650 mil milhões de dólares, cerca de 456 mil milhões de DES, baseada numa avaliação das necessidades de reservas dos Estados membros a longo prazo, e inclui medidas para aumentar a transparência e a responsabilização no reporte do uso dos DES, ao mesmo tempo que preserva as características dos DES”, lê-se numa nota técnica do FMI sobre a emissão, que começará hoje a ser concretizada.

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Specialist AO – Dr. Paulo Gungui – Economista

“…O desenvolvimento da agricultura é um imperativo nacional, para garantir a autossuficiência alimentar e reduzir as importações e os gastos em divisas.” Proferida em 2018, pelo Chefe de Estado, aquando do discurso sobre o estado da Nação.

Quando falamos da autossuficiência alimentar de um país, remete-nos imperativamente na capacidade para satisfazer as necessidades de consumo de bens alimentares da sua população, através da respectiva produção interna e/ou da importação de bens alimentares financiados pelas correspondentes exportações.

Ora, assim sendo, a questão que se coloca é; Angola poderá ter autossuficiência alimentar suficiente para satisfazer a necessidade da sua população?

Para responder a questão supra, permite-me primeiramente fazer uma pequena incursão sobre o crescimento da população versus autossuficiência alimentar. Uma das primeiras abordagens sobre essa temática, surgiu nas primeiras décadas do século XX, com o Economista Inglês Thomas Robert Malthus (Teoria Populacional Neomalthusiana). Segundo a qual, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento, e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego, e a pobreza. Os Neomalthusianos apoiavam todas as formas de diminuir as taxas de natalidade, tais como; Casamento tardio, a abstinência sexual, a vasectomia e até mesmo o aborto. Sobre pretexto de que um índice juventude alta seria um peso econômico para o Estado.

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Fitch prevê recessão de 4% e inflação a subir 24% em Angola este ano

A agência de ‘rating’ Fitch prevê uma recessão de 4% em Angola e uma subida da inflação para 24%, com a produção petrolífera a descer para 1,3 milhões de barris por dia neste e no próximo ano.

“A economia de Angola continua a ser limitada pelo alto nível de dependência de matérias primas, o que contribui para um crescimento baixo e para uma acentuada instabilidade macroeconómica”, lê-se no relatório que acompanha o anúncio da descida do ‘rating’ para CCC, indicando uma possibilidade real de incumprimento financeiro.

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Kwanza desvalorizou quase 250% desde 2017 e vai continuar a cair, prevê economista

O kwanza, moeda angolana, desvalorizou quase 250% desde 2017, uma estratégia necessária para defender as reservas líquidas internacionais, mas não suficiente, porque o país ainda precisa de dinamizar o setor produtivo, defende o economista Fernandes Wanda.

O investigador da School of Oriental and African Studies University of London salientou que existe uma interligação entre a desvalorização do kwanza, a política cambial, a inflação e a política monetária, “um problema que não é de hoje”, embora se tenha acentuado.

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Specialist AO – Dr. Paulo Gungui – Economista

“Façamos da Agricultura a alavanca para a diversificação económica”

“A Agricultura é a base e a Indústria o factor decisivo”. Este é, e será sempre um slogan muito actual, proferido em 1975, pelo fundador da Nação, por mais que passam anos, décadas e até mesmo séculos, teremos este célebre slogan sempre presente.

Falar do sector agrícola no País, nos remete a uma reflexão profunda, na qual recomenda-se soluções assertivas e imediatas, entretanto, o processo da diversificação económica deve passar por este sector, pois, não podemos perder de vista a Agricultura como base fundamentalmente para garantir a auto-suficiência alimentar, satisfazer as necessidades internas, bem como, exportar o excedente, para que o País, possa arrecadar divisas e alavancar os outros sectores económicos, e, consequentemente sair da crise económica e financeira, derivada das constantes quedas da nossa principal commodity no mercado internacional.

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